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- A Importância da Área de Proteção Ambiental (APA) Pretos Forros
A criação da APA Pretos Forros teve como principais objetivos preservar os remanescentes florestais e recuperar os corpos hídricos da região. A Área de Proteção Ambiental (APA) Pretos Forros, localizada no Rio de Janeiro, é uma região de grande importância ecológica e histórica. Criada em 2000 , a APA abrange uma área de aproximadamente 2.645,7 hectares, incluindo partes dos bairros Méier, Madureira e Jacarepaguá. A criação da APA Pretos Forros teve como principais objetivos preservar os remanescentes florestais, especialmente as florestas da Covanca e dos Pretos Forros, e recuperar os corpos hídricos da região. Além disso, a APA busca promover ações de reflorestamento, melhorar o conforto ambiental urbano e preservar exemplares raros e ameaçados da fauna e flora locais. A APA enfrenta desafios significativos devido à urbanização descontrolada, poluição e ocupações irregulares. A degradação ambiental é um problema constante, agravado pela mineração e pela expansão de favelas na região. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) é responsável pela gestão da APA, trabalhando para conter esses processos degradadores e promover a recuperação ambiental. “ A APA Pretos Forros é crucial para a Baixada de Jacarepaguá, atuando como dreno durante grandes chuvas, ajudando a manter a temperatura equilibrada e prevenindo deslizamentos de terra. Além disso, contribui para o bem-estar da população, serve como refúgio para a vida silvestre e preserva áreas verdes com árvores nativas antigas”, explica a ambientalista e moradora Juliana Fernandes. Iniciativas de Conservação e Educação Ambiental Diversos projetos têm sido implementados para preservar a APA Pretos Forros. Iniciativas de reflorestamento e educação ambiental são fundamentais para envolver a comunidade local na conservação da área. O Projeto Serra dos Pretos Forros, por exemplo, promove atividades de plantio de árvores e conscientização sobre a importância da preservação ambiental. A APA Pretos Forros não é apenas um espaço natural, mas também um símbolo de resistência e identidade para a comunidade local. A história dos Pretos Forros, escravizados libertos que se estabeleceram na região, é celebrada através de eventos culturais e manifestações sociais. A preservação da APA é, portanto, uma forma de honrar essa herança histórica e promover a justiça social. “A APA Pretos Forros enfrenta atualmente o grande desafio de implementar um plano de manejo, após anos de atraso. Esse plano normatizará melhor o uso do solo nessa extensa área. A AMAF tem participado ativamente dos debates, principalmente através da nossa associada Veronica Beck”, conta Sidney Teixeira, integrante da Associação de Moradores da Freguesia (Amaf). A APA Pretos Forros é um exemplo de como a preservação ambiental pode estar intimamente ligada à história e à cultura de uma comunidade. Apesar dos desafios, as iniciativas de conservação e a participação ativa da comunidade local são essenciais para garantir um futuro sustentável para essa área tão importante.
- Prefeitura do Rio decreta gratuidade nos transportes públicos municipais no dia da eleição
O transporte será gratuito das 6h às 20h para garantir que todos os eleitores possam comparecer aos locais de votação. No dia quatro de setembro foi publicada a Resolução SMTR Nº 3.651 , no Diário Oficial, informando que o transporte público municipal será gratuito no dia da eleição. A medida vale para o 1° turno, em 6 de outubro, e, se necessário, para o 2° turno, em 27 de outubro. Ônibus, BRT e VLT na cidade do Rio de Janeiro estarão disponíveis sem custo das 6h às 20h, facilitando o deslocamento dos eleitores. As empresas de ônibus deverão operar com 100% da frota para atender à alta demanda esperada. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) espera que outros municípios do estado e transportes geridos pelo governo estadual, como trens e barcas, também ofereçam gratuidade. Em outubro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Poder Público deve oferecer transporte público gratuito nas áreas urbanas durante os dias de eleição. A decisão foi tomada após os ministros identificarem uma omissão do Congresso em regulamentar o assunto.
- É falsa a informação de que o voto será anulado se apertar botão “confirma” enquanto a mensagem de alerta estiver na tela
Vídeo distorce informações sobre medida implementada pela Justiça Eleitoral para incentivar eleitores a verificarem seus votos. Não é verdadeira a informação que circula em vídeos enviados pelas redes sociais, afirmando que, ao apertar o botão "confirma" enquanto essa mensagem de alerta estiver na tela, o voto será anulado. Caso a tecla verde seja acionada durante esse “1 segundo”, não acontece nada. Após esse tempo, já é possível confirmar o voto normalmente. A cada confirmação de voto, a urna emite um breve som. No final, após a escolha do último candidato a ser escolhido, o aparelho reproduz o característico “Pilili” por um período mais longo. Portanto, o vídeo distorce informações sobre uma medida implementada pela Justiça Eleitoral para incentivar os eleitores a verificarem seus votos. Desde as eleições de 2022, o equipamento libera a confirmação do voto — o botão verde “Confirma” — um segundo após o preenchimento completo dos números do candidato para cada cargo. O mesmo vale para os votos nulos, em branco, e também para corrigir algum dígito. Caso haja dúvidas, é possível testar a funcionalidade por meio do simulador de votação na urna eletrônica para as Eleições Municipais de 2024 , que conta o tempo a mais para a confirmação do voto. Treinando na ferramenta com antecedência e observando como funcionará esse intervalo para verificar o voto, o eleitor contribuirá para reduzir o tempo de espera nas filas das seções eleitorais. Também é possível assistir a esse vídeo da Justiça Eleitoral, que explica desmonta toda desinformação circulada.
- Bicicletada em Jacarepaguá 2024: Mobilidade sustentável e comunidade em movimento
No Dia Mundial Sem Carro, o evento visa promover o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo e sustentável. No próximo dia 22 de setembro, Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, será palco de um evento que promete mobilizar a região em prol da sustentabilidade e da mobilidade urbana: a Bicicletada de Jacarepaguá. Coincidindo com o Dia Mundial Sem Carro , o evento visa promover o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo e sustentável. A concentração dos participantes está marcada para às 8h30, na Praça Professora Camisão, na Freguesia. De lá, os ciclistas seguirão pelo seguinte percurso: Praça Professora Camisão, Estrada de Jacarepaguá (até esquerda da Estrada do Engenho D’Água), Estrada de Jacarepaguá (pista oposta), Rua Tirol, Rua Comandante Rubens Silva, Estrada dos Três Rios até à Praça Professora Camisão. O trajeto foi cuidadosamente planejado para garantir a segurança dos participantes e destacar pontos de interesse da região. André Moreira, ciclista e um dos organizadores do evento, ressalta a importância de trazer os ciclistas da região para um evento a fim de confraternizar e apoiar o seu dia a dia. Além disso, ele alega a necessidade de mostrar para as autoridades que há uma sociedade organizada ativa atuando e querendo uma alternativa melhor que o carro. “ O setor de transporte é responsável por 14% das emissões globais de gases do efeito estufa. Carros, que representam mais de 70% dessas emissões nas cidades, são mais poluentes que ônibus em termos de material particulado por pessoa transportada. Em São Paulo, carros percorrem 88% dos quilômetros rodados por veículos motorizados, transportando em média apenas 1,3 pessoas por veículo, o que os torna ineficientes e contribui para o congestionamento. A maioria das viagens de carro tem menos de 5 km, uma distância que poderia ser facilmente percorrida de bicicleta, ajudando a reduzir esses problemas ”, explica. Impacto na região A Bicicletada de Jacarepaguá tem como objetivo não apenas incentivar o uso da bicicleta, mas também chamar a atenção para a necessidade de melhorias na infraestrutura cicloviária da região. Os organizadores esperam que o evento sirva como um ponto de partida para discussões mais amplas sobre políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana. Os organizadores já estão em contato com autoridades locais para discutir possíveis melhorias na infraestrutura cicloviária de Jacarepaguá. A expectativa é que eventos como esse continuem a crescer e a mobilizar cada vez mais pessoas em prol de uma cidade mais sustentável e conectada. Sidney Teixeira, integrante da Associação de Moradores da Freguesia (Amaf), conta que é eterna a reivindicação da associação por ciclovias na região. Ele também relata que a associação já realizou outras mobilizações e que contribuiu na construção do Plano Cicloviário . “ Em 2022, a AMAF participou de oficinas para avaliar a proposta de trajetos da malha cicloviária do Rio de Janeiro. O Plano de Expansão Cicloviária, lançado em março de 2023, prevê uma rede integrada de ciclovias em todos os bairros da cidade, com prazo de 10 anos para conclusão. O plano também promete conectar todas as estações de transporte de média e alta capacidade à malha cicloviária até o fim de 2024. No entanto, até agora, muitas estações não foram conectadas e o orçamento para a expansão é limitado. Apesar disso, algumas ciclovias de boa qualidade foram construídas, como na Rua Uruguai e no Centro do Rio. A dúvida permanece se o plano será cumprido até 2033, dado o orçamento atual” , explica. Serviço Evento: Pedalada Jacarepaguá Data: 22 de setembro de 2024 Concentração: Praça Professora Camisão - Freguesia Horário: 8h30 Trajeto: Praça Professora Camisão > Estrada de Jacarepaguá (até esquerda da Estrada do Engenho D’Água) > Estrada de Jacarepaguá (pista oposta) > Rua Tirol > Rua Comandante Rubens Silva > Estrada dos Três Rios > Praça Professora Camisão
- É falso que voto servirá como prova de vida junto ao INSS
A ferramenta que permitirá esse cruzamento de dados eleitorais ainda está em desenvolvimento. É falso o suposto aviso que tem circulado nas redes sociais sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmando que o comprovante de voto servirá como prova de vida. Tanto o TSE quanto o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alertaram que a mensagem não é verdadeira. A mesma mentira circulou na internet antes das Eleições 2022. A pessoa beneficiária não precisa apresentar nenhum documento para realizar o procedimento. Desde 2023 , o INSS assumiu a responsabilidade pela realização da prova de vida, automatizando o processo através do cruzamento de dados dos beneficiários presentes nas bases de dados do governo federal. A comprovação pode ocorrer quando o beneficiário utiliza biometria em instituições financeiras para saques ou empréstimos consignados. A atualização da base de dados tem sido facilitada pela comunicação de óbito realizada pelos cartórios, através do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) , quando um segurado do INSS falece. Publicada em março de 2024, a Portaria nº723 , estabelece que os segurados do INSS não terão seus benefícios bloqueados por falta de prova de vida até 31 de dezembro de 2024. A mudança no período de contagem para a comprovação de vida dos beneficiários do INSS foi implementada para facilitar o processo e evitar a suspensão indevida de benefícios. Anteriormente, a contagem dos dez meses era feita a partir da data de aniversário do segurado. Agora, a contagem começa a partir da última atualização do benefício ou da última prova de vida realizada. Essa alteração permite um acompanhamento mais contínuo e atualizado da situação dos beneficiários, utilizando dados de outras bases públicas e privadas para confirmar a prova de vida. Caso o INSS não consiga comprovar a vida do beneficiário nesse período, ele será notificado e terá um prazo adicional de dois meses para realizar a prova de vida. Em pronunciamento oficial , o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, explica que os aposentados e pensionistas não precisam se preocupar com a suspensão do pagamento por falta de comprovação de vida. " Cabe ao INSS comprovar que o beneficiário está vivo. Para isso, recebemos dados de outros órgãos públicos federais, preferencialmente biométricos, para realizar cruzamento de informações de cidadãos e cidadãs. Essas informações são cruzadas com outras que constam na base do governo federal ", explica. O que está valendo Como a portaria previa uma série de bases de dados para comprovação da vida, mas não a forma como implementar de fato essa integração, coube ao INSS utilizar os meios que estivessem disponíveis de imediato. Como por exemplo: I - acesso ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro; II – nas instituições financeiras (banco) quando: a) realização de empréstimo consignado, efetuado por reconhecimento biométrico; b) no saque de benefícios quando realizado por identificação biométrica; III - atendimento: a) voluntariamente quando o segurado comparecer nas Agências do INSS para realizar algum serviço de seu interesse. b) de perícia médica por telemedicina ou presencial. IV - atualizações no Cadastro Único (CadÚnico), somente quando for efetuada pelo responsável pelo grupo familiar; V - recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico. Base de dados que estão em fase de interoperabilidade para serem utilizadas como comprovação de vida: I – vacinação; II - cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública; II - votação nas eleições; III - emissão/renovação de: a) passaporte; b) carteira de motorista; c) carteira de trabalho; d) alistamento militar; e) carteira de identidade; ou f) outros documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico; g) declaração de Imposto de Renda como titular ou dependente. O que é uma prova de vida? A prova de vida é um procedimento obrigatório para todos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que recebem aposentadorias, pensões ou outros benefícios previdenciários. Estabelecida pela Lei nº8.212 , o objetivo é comprovar que o beneficiário está vivo e, assim, evitar fraudes e pagamentos indevidos. Existem duas formas principais de realizar a prova de vida: Presencialmente: Pode ser feita nos balcões de atendimento do órgão pagador ou nos terminais de autoatendimento dos bancos. Digitalmente: Através do aplicativo gov.br, utilizando o reconhecimento facial. A prova de vida deve ser realizada periodicamente, e o INSS utiliza dados de outras bases públicas e privadas para facilitar esse processo. Caso o INSS não consiga comprovar a vida do beneficiário, ele será notificado e terá um prazo adicional para realizar a prova de vida Como verificar a última prova de vida? O beneficiário pode verificar a data da última comprovação de vida através de quatro maneiras: Meu INSS : Através do site ou aplicativo “Meu INSS”, o beneficiário pode acessar seu extrato de pagamento e verificar a data da última prova de vida realizada. Agências do INSS : Visitando uma agência do INSS, onde os atendentes podem fornecer essa informação. Central de Atendimento 135 : Ligando para a central de atendimento do INSS pelo número 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h. Caixas Eletrônicos : Alguns bancos permitem a consulta da prova de vida diretamente nos caixas eletrônicos, especialmente se a prova de vida foi realizada no próprio banco. Funcionários falsos do INSS Em março, o INSS emitiu um alerta importante para os beneficiários sobre tentativas de golpe envolvendo falsos funcionários. Esses golpistas tentam se passar por representantes do INSS para obter informações pessoais e financeiras dos segurados. É crucial que os beneficiários estejam atentos e não forneçam dados sensíveis a pessoas desconhecidas ou que não possam comprovar sua identidade de forma confiável. Os golpistas costumam entrar em contato por telefone, e-mail ou até mesmo pessoalmente, solicitando documentos, senhas ou informações bancárias. O INSS reforça que nunca pede esses dados por telefone ou e-mail . Caso receba uma ligação ou mensagem suspeita, o beneficiário deve desligar imediatamente e entrar em contato com o INSS através dos canais oficiais, como o site “ Meu INSS ” ou a central de atendimento pelo número 135. Para se proteger, é importante verificar a identidade de quem está solicitando informações e preferir resolver pendências diretamente nas agências do INSS ou através dos canais oficiais. Manter os dados pessoais seguros e nunca compartilhar senhas são medidas essenciais para evitar cair em golpes. Em caso de dúvida, sempre procure orientação diretamente com o INSS.
- Cedae define novo adiamento para manutenção anual
Serviço que seria realizado no dia 24/09, agora tem nova data. Veja: A Cedae anunciou nesta quarta-feira (18/09) que decidiu adiar novamente a manutenção anual do Sistema Guandu-Lameirão, que seria realizada na próxima semana. O serviço exige o desligamento do sistema e a interrupção da produção de água. A nova data para a manutenção será 07/11 . Segundo a Cedae, o Sistema Guandu-Lameirão opera com sua capacidade máxima, mesmo durante a estiagem, e por isso a Companhia decidiu pelo adiamento para evitar impactos no abastecimento da população. A nova data foi decidida ontem (17/09), em reunião do Conselho do Sistema de Fornecimento de Água (CSFA), que reúne representantes do governo do Estado, da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa), da Cedae e de concessionárias de saneamento.
- Dia Mundial da Limpeza 2024: Voluntários fazem mobilização na Freguesia
No próximo sábado (21) estão agendadas ações em áreas críticas do bairro. Saiba como participar: No dia 21 de setembro de 2024, a Freguesia de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, se unirá a milhões de voluntários ao redor do mundo para participar do Dia Mundial da Limpeza . Este evento global, que ocorre anualmente, visa combater o problema do lixo e promover a sustentabilidade ambiental. A Associação de Moradores e Amigos da Freguesia (AMAF) está à frente da organização local, coordenando um mutirão de limpeza que promete engajar os moradores do bairro em ações práticas de preservação ambiental. O Dia Mundial da Limpeza, liderado pelo movimento Let's Do It World, começou na Estônia em 2008 e rapidamente se transformou em um movimento global. Em 2024, espera-se que a ação envolva milhões de voluntários em 197 países, tornando-se a maior ação cívica em tempos de paz. “ O principal objetivo nosso é sensibilizar as pessoas quanto a necessidade urgente de tratarmos adequadamente os resíduos que geramos diariamente ”, conta Marcelo Pereira Calvano, integrante da diretoria da AMAF e líder gestor do Instituto Limpa Brasil no Rio de Janeiro . Na Freguesia, os voluntários se concentrarão em áreas críticas, como a trilha do Rio Papagaio, um local que a AMAF deseja transformar em uma Unidade de Conservação da Natureza. A limpeza dessa área não só ajudará a preservar a biodiversidade local, mas também aumentará a conscientização sobre a importância de manter nossos espaços naturais livres de resíduos. Além da coleta de lixo, a AMAF planeja atividades educativas para crianças e adultos, destacando a importância da reciclagem e da redução do desperdício. "Queremos que todos entendam que cada pequeno gesto conta. Juntos, podemos fazer uma grande diferença" , afirma um representante da associação. A participação no Dia Mundial da Limpeza é aberta a todos, e a AMAF convida os moradores da Freguesia de Jacarepaguá e arredores a se juntarem a essa causa nobre. As inscrições podem ser feitas através do site da associação. “Para participar, basta estar presente na Praça Jorge da Costa Pinto no horário combinado, 9h da manhã. Os participantes receberão Certificado de Participação do Instituto Limpa Brasil e uma surpresa deliciosa” , explica Marcelo. Serviço Evento: Mutirão de limpeza na Praça Jorge da Costa Pinto - Freguesia de Jacarepaguá. Data: 21/09/2024 Horário: 9:00h até 11:00h Ação: recolher resíduos sólidos em toda a praça e seu entorno. Após a coleta, realizaremos a separação em tipos de resíduos (papel e papelão, plástico, bituca de cigarro, vidro, metais e outros). Durante este processo estaremos falando sobre a importância da separação e do descarte adequado dos resíduos sólidos. Posteriormente, a Comlurb fará a retirada e a destinação correta dos resíduos.
- Rodrigo Amorim diz que é contra a municipalização de hospitais federais
Leia a entrevista completa da Agência Lume com o candidato à prefeitura pelo União Brasil. Por: Fernanda Calé e Wellington Melo. A semana de entrevistas da Agência Lume aos candidatos à prefeitura do Rio se encerra nesta terça-feira (17/09). E para finalizar publicamos a entrevista completa realizada com Rodrigo Amorim , candidato à prefeitura pelo União Brasil . Seguindo as regras das sabatinas realizadas pela Lume, as entrevistas não realizadas via vídeo chamada, por motivos de incompatibilidade de agendas, são últimas a serem publicadas. Nossos jornalistas enviaram ao candidato perguntas abordando temas importantes para a região de Jacarepaguá como: saúde, infraestrutura, educação, transporte, habitação e mudanças climáticas. Veja a entrevista completa abaixo: Agência Lume: Existem alguns bairros que não possuem clínica da família; os bairros da Freguesia e Pechincha são exemplos. Se eleito, pretende expandir a estratégia de saúde da família para que possa contemplar todos os bairros da cidade? Rodrigo Amorim: Eu sempre digo que o município é o responsável pelo primeiro atendimento em saúde, pela atenção primária. E é inadmissível que bairros essencialmente residenciais como Freguesia e Pechincha não tenham o atendimento tão básico como o do Médico de Família. Este é um trabalho minucioso, que vai levar algum tempo, penso em dois anos, que é o de fazer o levantamento completo das áreas mais necessitadas e implantar onde não tem. Começar do zero. Reconhecer que a herança deixada será zero. Agência Lume: Uma demanda crescente na região de Rio das Pedras, Anil e Freguesia é a de atendimentos de emergência. Moradores de diversos bairros reclamam da dificuldade de chegar às unidades de emergência disponíveis, tais como CER Barra (no Hospital Lourenço Jorge) e as UPAS da Cidade de Deus e da Taquara. Se eleito, pretende expandir o número de unidades municipais de emergência na região? Rodrigo Amorim: Seria fácil dizer que vamos aumentar o número de unidades, mas também seria precipitado. Primeiro precisamos avaliar quais são as dificuldades de acesso. Para quem mora na Freguesia, está bem claro que utilizar a Barra e mesmo a da Cidade de Deus é mais difícil, a primeira pela distância e dificuldade natural dos meios de transporte, a segunda por ser em uma área de constantes conflitos. Nós pensamos muito no conceito de superclínicas para as regiões, que tenham alta capacidade de atendimento, a fim de resolver essas demandas. E claro, teria de ser em uma área de acesso fácil e seguro. E em uma das vias principais, como a Estrada dos Três Rios, a Geremário Dantas ou a Gabinal. Então é preciso avaliar custo-benefício: uma grande unidade de saúde ou várias pequenas? Espero que em três meses nós já tenhamos todos os relatórios de impacto. Agência Lume: Qual é a sua opinião sobre a municipalização de hospitais federais? No bairro da Freguesia, por exemplo, temos o Hospital Federal Cardoso Fontes. Você é a favor de que o município assuma a responsabilidade por essa unidade de saúde? Rodrigo Amorim: De forma alguma. Quem tem que assumir a responsabilidade é a União; evidentemente que como prefeito não serei bélico na questão da saúde e poderemos propor parcerias, sempre. Mas o Rio pode, deve e merece exigir um maior investimento do governo federal nessas unidades. Agência Lume: A falta de vagas em creches é um grande problema na região de Jacarepaguá. Muitas mães precisam deixar de trabalhar para tomar conta dos filhos. Se eleito, como pretende combater o déficit de vagas de creches? Rodrigo Amorim: Novamente é questão de avaliar custo-benefício. O que sai mais rapidamente? Criar um sistema em que a prefeitura abra vagas públicas na rede privada, possibilitando que as famílias coloquem lá seus filhos, ou criar suas próprias unidades? Veja que não se trata aqui apenas de dinheiro. É claro que é mais barato criar vouchers e a população usar as creches privadas. Mas antes de propor essas soluções “simples” é importante avaliar os fatores: afinal, há tantas vagas privadas assim? Qual a demanda exata da região? E o custo, compensa? E se tivermos grandes creches atendendo a região, a longo prazo não compensa, não digo financeiramente, mas em termos de atender as pessoas? E o fator rapidez pesa muito quando o assunto é creche. As pessoas precisam de creche agora, já, não daqui a três, quatro anos, quando a necessidade das crianças será outra. Agência Lume: Sabemos que a região de Jacarepaguá, mais especificamente Rio das Pedras e os bairros do Anil e Freguesia, sofrem com o atual sistema de transporte. Os moradores desses locais precisam enfrentar grandes engarrafamentos, longo tempo de espera, ônibus lotados e sem climatização. Se eleito, como pretende enfrentar o problema da mobilidade urbana em Jacarepaguá? Rodrigo Amorim: Bom, a climatização é um capítulo à parte. Basta lembrar que estão se completando dez anos da promessa de 100 por cento da frota dos ônibus com ar-condicionado. Isso mesmo: dez anos. E o que se tem hoje é o carioca passando um calor insuportável por dez meses ao ano. E vejam bem: o prazo era até dezembro de 2016! Ou seja, em dezembro serão oito anos de atraso! Quem anda de ônibus, como é o caso de muitas pessoas na minha família e eu próprio antes de me tornar deputado, sabe como é o sofrimento de quem passa calor num ônibus lotado. Não sou demagogo de dizer que eu ando de ônibus porque seria mentira, o deputado tem carro oficial. Mas podem ter certeza de que eu conheço esse martírio diário dos cariocas. Já quanto à mobilidade urbana na região, é total ausência de estudo dos gargalos em Jacarepaguá, principalmente na região dos acessos à Barra e à Linha Amarela. Estudar não é algo que o prefeito atual e sua equipe gostem muito. Mas eu espero que em dois meses me entreguem um relatório de impacto para que possamos criar as medidas definitivas que garantam o direito de ir e vir dos cidadãos da região. Agência Lume: Em seu programa de governo o senhor diz que não tem pretensão em investir em transporte por bicicletas poderia explicar o motivo dessa decisão? Rodrigo Amorim: Bicicletas são, sim, meio de transporte, mas é um meio que não pode ser tratado como transporte de massa ou transporte principal. Em São Paulo, quando o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se tornou prefeito, começou a criar ciclovias aleatoriamente, e o que se viu foi o caos no trânsito. A narrativa “ambiental” nesse caso só serviu para atrasar a vida dos paulistanos, que em sua maioria usavam ônibus, táxis e veículos particulares. Ciclovias são bem-vindas em locais como as avenidas litorâneas, associadas a hábitos saudáveis, ou mesmo em locais de muita demanda de entregas. Mas é impensável achar que o trabalhador carioca vai usar em massa a bicicleta para chegar ao seu local de serviço. Não somos a China. Agência Lume: Uma de suas propostas é a criação da Secretaria das Favelas, poderia explicar brevemente como esse órgão funcionaria e seus principais projetos? Rodrigo Amorim: A nossa sociedade aceitou muito passivamente o bordão “Favela não é problema, favela é uma solução”. Com efeito, a favela foi a solução que as pessoas mais pobres encontraram para a total falta de condições de comprar uma casa ou pagar um aluguel em local minimamente próximo ao trabalho, principalmente em uma cidade grande como o Rio e que tem sérios problemas de mobilidade. Mas não podemos aceitar que essa “solução” seja definitiva e que não seja vista como outro problema, este para a cidade como um todo. Em um exemplo simples, é como se você não tivesse onde estacionar seu carro e o parasse na porta da garagem do vizinho. É uma solução? Sim. Mas cria outro problema. No caso das favelas, os problemas são a falta de saneamento básico, o abandono do Estado, a criminalidade, a criação de uma cultura do narcotráfico, tudo porque o ambiente é de absoluta negação de direitos e de total desprendimento dos deveres. A nova Secretaria das Favelas chegará para romper a dinâmica, o ciclo vicioso. Primeiro, porque teremos canais de comunicação oficiais, abertos, eficazes, ágeis. Segundo, porque teremos projetos. Projetos que transformarão as favelas. O Favela-Bairro é um projeto que foi abandonado sem qualquer justificativa, e ainda temos aí as UPPs, que como sabemos, surgiram com financiamento da prefeitura para as gratificações dos policiais, e que como tudo foi abandonado. A Secretaria das Favelas é para garantir que não haverá abandono de projetos. A ideia é em dois anos ter um eixo de favelas totalmente transformado, com financiamento privado e até internacional. E criar um programa de Primeiro Emprego decente, para dar aos jovens moradores o melhor programa social que existe, que é o trabalho. Também vamos criar uma sinergia entre a Secretaria das Favelas com o setor de esportes, integrando os clubes e formando jovens talentos. As favelas vão se tornar “empresárias” de novos jogadores. Agora quando surgir um Neymar, a favela vai ser compensada por isso, recebendo uma parte dos direitos para reinvestir em qualidade de vida. Agência Lume: Em seu plano de governo podemos ver algumas propostas para a área do turismo, a população de Jacarepaguá está acostumada a ver muitas iniciativas sendo realizadas na Zona Sul e na região Central da cidade. Entretanto gostaria de saber se pretende fomentar o turismo também em outras áreas da cidade, como na Zona Oeste? Rodrigo Amorim: Essa pergunta é muito boa, e quem a pensou tem toda a razão. Com efeito, por termos replicada mundo afora uma imagem do Rio totalmente vinculada à orla, ao Corcovado, ao Pão de Açúcar e à tão maltratada Copacabana. Mas quem anda na Zona Oeste, e nem falo aí da Barra da Tijuca, sabe que tem muitas coisas maravilhosas. Hoje temos verdadeiros pólos gastronômicos na Taquara, Freguesia e Pechincha, com restaurantes temáticos, padarias sensacionais que, se estivessem em São Paulo seriam cultuadas, temos museus como o Bispo do Rosário e o Museu do Pontal, temos grandes centros esportivos, shoppings e casas de espetáculos na região. Acho que no caso é muito questão de propaganda, é investir na comunicação, mudando o paradigma, e na facilitação do transporte para os turistas. Todos visitantes certamente gostariam de conhecer Sepetiba, a Marambaia, o Pontal, mas acabam perdendo essa parte da nossa cidade porque não há uma política de divulgação. Eu particularmente não acredito em Secretaria de Turismo e sim em ter uma Riotur forte, com várias ações simultâneas. Agência Lume: No mês de julho, a Agência Lume publicou uma reportagem ( https://www.agencialume.com/ ) que traz dados alarmantes sobre o impacto das mudanças climáticas na região da Baixada de Jacarepaguá. Moradores de algumas regiões de Rio das Pedras, por exemplo, já vivem sob o efeito do aumento do nível das marés, que faz com que o nível da lagoa suba alagando várias ruas. Se eleito, como pretende enfrentar os problemas trazidos pelas mudanças climáticas? A região de Jacarepaguá é uma de suas prioridades nesse debate? Rodrigo Amorim: No mês passado a ONU, que não acho particularmente uma entidade confiável, publicou relatório informando que o Oceano Pacífico – que é mais “alto” que o Atlântico – vai subir muito de nível até 2050, e que nos últimos 30 anos subiu 15cm. No Atlântico também há essa perspectiva. E no próprio Estado do Rio temos casos como o de Atafona. Quais as razões? Não cabe aqui discutir, mas sim começar a enfrentar, começar agora a pensar a cidade que queremos para as futuras gerações. Foram poucos os prefeitos que fizeram isso, destacaria o Pereira Passos, quando abriu as grandes ruas e avenidas do Centro, e o governador da Guanabara, Carlos Lacerda, quando implantou os projetos dos túneis Rebouças e Santa Bárbara, além de remover a favela do Morro do Pasmado e as da Lagoa Rodrigo de Freitas. Pensem no que seria o Rio de Janeiro hoje sem essas intervenções. Pensaram? Pois é. É assim que temos que governar, administrando o futuro. No caso em tela, é fundamental que aumentemos a capacidade de nossas galerias pluviais, pois além da questão do aumento das marés, há o aumento das chuvas. Tudo isso exige monitoramento constante, o prefeito e sua equipe não podem ser pegos de surpresa. É importante investirmos pesado em sistemas de escoamento e até de aproveitamento da água. A reportagem da Agência Lume teve o mérito de nos trazer à luz esse problema. Acesse o site Divulgando Contas do TSE e tenha acesso ao plano de governo e outras informações sobre o candidato: https://divulgacandcontas.tse.jus.br Acompanhe também as entrevistas com os demais candidatos à Prefeitura do Rio, que a Agência Lume exibiu na última semana .
- Eduardo Paes diz que pretende construir três novas clínicas da família em Jacarepaguá
Leia a entrevista completa da Agência Lume com o candidato a reeleição pelo PSD. A semana de entrevistas aos candidatos à prefeitura do Rio, continua nesta segunda-feira (16/09). A Agência Lume publica a entrevista completa realizada com o atual prefeito e candidato à reeleição pelo PSD , Eduardo Paes . Seguindo as regras da sabatina realizada pela Lume, as entrevistas não realizadas via vídeo chamada, por motivos de incompatibilidade de agendas, são últimas a serem publicadas. Nossos jornalistas enviaram ao candidato e atual prefeito perguntas abordando temas importantes para a região de Jacarepaguá como: saúde, infraestrutura, educação, transporte, habitação e mudanças climáticas. Veja a entrevista completa abaixo: Agência Lume: No seu plano de governo, estão elencados oito objetivos centrais para o próximo governo, caso seja eleito. Dentre esses objetivos, está o de ampliar investimentos sociais e de infraestrutura nos bairros das zonas Norte e Oeste, assim como nas comunidades e favelas da cidade. Gostaríamos de saber se já existe algum planejamento específico para a região de Jacarepaguá e suas comunidades, considerando que a região foi a que mais cresceu nos últimos dez anos e abriga a segunda maior favela da cidade, Rio das Pedras? Eduardo Paes: Até pelo abandono sofrido pela região entre 2017 e 2020, durante a administração de um outro prefeito, e por seu crescimento, nunca se investiu tanto na grande Jacarepaguá como fiz nesta gestão. E Rio das Pedras é um dos principais exemplos do quanto valorizamos essa área. Fizemos as obras de infraestrutura e drenagem na Avenida Engenheiro Souza Filho, em um trecho onde recuperamos mais de 42 mil metros quadrados. Levamos o programa Asfalto Liso, por exemplo, ao trecho que liga o Largo da Barra à Muzema. Além da pavimentação da Via Light. Entregamos quatro novas escolas, uma delas, originária da Arena do Futuro dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Em abril deste ano, em uma parceria com a Uniperiferias, inauguramos a Navezinha Carioca Rio das Pedras, que é uma versão reduzida da Nave do Conhecimento. E o programa Bairro Maravilha trouxe melhorias de infraestrutura para a Muzema e na Regata, e as obras do projeto para o conjunto Rio das Pedras estão em andamento. É necessário lembrar também que fortalecemos a economia local ao fazer o cadastramento de 200 famílias que viviam do comércio informal e hoje podem exercer sua atividade com tranquilidade. Vale ressaltar que Muzema e Rio das Pedras ainda ganharam ecopontos da Comlurb para os moradores realizarem o descarte correto do lixo. Sabemos da importância da região, até porque, foi nela que comecei a minha carreira política. Por isso, fizemos muito e vamos avançar ainda mais dando continuidade a esses projetos e implementando outros. Agência Lume: Existem alguns bairros que não possuem clínica da família; os bairros da Freguesia e Pechincha são exemplos. Se eleito, pretende expandir a estratégia de saúde da família para que possa contemplar mais bairros de Jacarepaguá? É possível que bairros como Freguesia e Pechincha realmente ganhem uma unidade de saúde municipal? Eduardo Paes: Ao assumir em 2021 confesso que a situação encontrada na Saúde era muito pior do que imaginava. Só para ter uma ideia, a cobertura de atenção primária era de 40%. Quando deixei a prefeitura em 2016, essa cobertura era de 70%. Tivemos de iniciar uma recuperação total da Saúde. Reformamos e fizemos as clínicas da família voltarem a funcionar, hoje a cobertura de atenção primária já está em 79%, contratamos 4 mil médicos e 13 mil profissionais de saúde, abrimos duas maternidades, na Rocinha e Ilha do Governador, além de fazermos o Super Centro. Feita a recuperação da rede, agora, podemos avançar ainda mais. E na região de Jacarepaguá temos a previsão de erguer três novas clínicas da família. Agência Lume: Entre as suas propostas para educação está criar mais de 13 mil vagas em creches e pré-escolas, além da realização de um planejamento para zerar a fila de espera por vagas em creches. Se eleito, como pretende combater o déficit de vagas de creches em Jacarepaguá? Eduardo Paes: Estamos muito perto de zerar esse déficit em toda a cidade. E por que afirmo isso? Somente nesta administração, até o momento, criamos 25 mil vagas em creches e um total de 100 mil vagas se somarmos meus três governos, algo inédito na cidade. Atualmente, o déficit total de vagas no município, incluindo a região de Jacarepaguá, é de sete mil vagas. Então, a promessa de 13 mil vagas já contempla tanto o déficit existente quanto o aumento da procura por creches da prefeitura, principalmente, porque muita gente que colocava o filho numa creche privada, a partir da qualidade da creche pública acaba trazendo para ela. E vamos adotar a mesma fórmula que usamos nessa gestão para atingir o nosso objetivo: realizar convênios com creches privadas, porque esse tipo de parceria acelera a resolução dessa carência. Agência Lume: Sabemos que a região de Jacarepaguá, mais especificamente Rio das Pedras e os bairros do Anil e Freguesia, sofrem com o atual sistema de transporte. Os moradores desses locais precisam enfrentar grandes engarrafamentos, longo tempo de espera, ônibus lotados e sem climatização. A alternativa anunciada pela prefeitura, o transporte aquaviário, depende de diversas questões, como o andamento da dragagem do Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá, além do tempo de implementação. Por isso gostaríamos de saber: Por que os moradores de Rio das Pedras, Anil, Freguesia e bairros do entorno devem ter esperança de que, num futuro mandato, o senhor enfrentará de forma efetiva o problema de transporte na região? Quais serão os projetos específicos para melhoria dos transportes e do trânsito nesses locais? Eduardo Paes: Porque a revolução que fizemos no BRT vamos fazer agora com os ônibus comum. Muitos não acreditaram que iríamos recuperar o BRT, porque os 120 ônibus que circulavam estavam acabados e as estações destruídas. Compramos 700 ônibus, reformamos e abrimos todas as estações, recuperamos as pistas e a prefeitura assumiu a administração do modal. Agora, vamos promover a recuperação das linhas regulares de ônibus. Vamos promover uma nova licitação das linhas para que possamos eletrificar e climatizar totalmente a frota de cerca de cinco mil ônibus. Não posso esquecer de mencionar que já devolvemos cerca de 200 linhas de ônibus regulares, que tinham sumido da cidade. Desse total, 11 linhas tiveram seus serviços retomadas, foram criadas ou passaram a circular de madrugada na região de Jacarepaguá. Em mais um sinal do quanto valorizamos e entendemos a importância dessa área. Agência Lume: Prefeito, um de seus projetos é criar um programa destinado à construção de habitações para reassentamento de populações ribeirinhas em áreas de baixada sujeitas a inundações ordinárias, agravadas pelas mudanças climáticas. Em Rio das Pedras, moradores da região do Areal e Areinha já vivem os efeitos das mudanças climáticas; o aumento das marés impacta diretamente o dia a dia desses moradores, que precisam lidar com ruas alagadas com o retorno do esgoto em períodos de maré alta. Se eleito, pretende levar o projeto habitacional a essa região? No mês de setembro, a Agência Lume publicou uma reportagem ( https://www.agencialume.com/ ) que traz dados alarmantes sobre o impacto das mudanças climáticas na região da Baixada de Jacarepaguá. A região é uma de suas prioridades no debate sobre como amenizar os impactos das mudanças climáticas na cidade? Eduardo Paes: Os eventos climáticos têm se tornado mais frequentes e intensos não apenas no Rio, mas em todo o mundo. Desde o meu primeiro governo, a gente tem feito o dever de casa para tornar a cidade mais resiliente e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A criação do Centro de Operações, o sistema de sirenes contra deslizamentos nas comunidades e os piscinões contra alagamentos da Grande Tijuca são alguns exemplos do quanto temos avançado nessa área e fazem do Rio referência nacional e internacional em resiliência. Desde 2021, investimos R$ 2,1 bilhões em 300 ações preventivas contra desastres climáticos, como contenção de encostas, drenagem e desassoreamento. Plantamos mais de 450 mil árvores e construímos cinco novos grandes parques nas zonas Norte e Oeste que somam quase meio milhão de metros quadrados de novas áreas verdes. E como já respondi anteriormente, várias dessas ações foram na região da grande Jacarepaguá e vamos continuar com novas intervenções. O programa de habitação para o reassentamento de populações ribeirinhas é um dos meus compromissos, caso seja reeleito. Mas os efeitos das intempéries climáticas estão interligados com toda a cidade e não somente na região de Jacarepaguá. Em meu atual mandato, em 2021, fizemos uma atualização do mapeamento das áreas vulneráveis à elevação do nível médio do mar na cidade, durante a elaboração do PDS - Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Cidade do Rio de Janeiro. Neste último mapeamento contamos, inclusive, com cooperação internacional, no âmbito da parceria entre a Prefeitura do Rio e a NASA (Agência Espacial Americana). Só para resumir, o PDS tem por objetivo construir políticas municipais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. O Plano contou com importante apoio da rede C-40, do UNICEF, do Instituto República e da ONU habitat. E ele traz um mapeamento dos perigos climáticos que podem interferir sobre os sistemas naturais e humanos: elevação do nível médio do mar e das ondas, deslizamentos de terra, ondas de calor e ilhas de calor e Inundações. Num próximo mandato, vamos implantar o projeto de controle de enchentes da Bacia do Rio Acari com verbas do PAC, seguir com o projeto para acabar com os alagamentos no Jardim Maravilha, criar um programa de habitação para o reassentamento de populações ribeirinhas, expandir o sistema de sirenes para comunidades suscetíveis a enchentes e criar o Zona Norte Verde, para arborizar e reduzir ilhas de calor. Além disso, continuaremos com o projeto de criação de novos parques, um deles, será na Fazenda Baronesa, na Taquara. Também faremos um em Guadalupe, outro na Zona Portuária e vamos realizar a expansão do Parque Susana Naspolini, em Realengo. Acesse o site Divulgando Contas do TSE e tenha acesso ao plano de governo e outras informações sobre o candidato: https://divulgacandcontas.tse.jus.br Acompanhe também as entrevistas com os demais candidatos à Prefeitura do Rio, que a Agência Lume exibiu na última semana .
- As nossas vias também têm histórias
Por: Val Costa. Professor de Geografia e membro do IHBAJA. A memória é, por definição, uma luta contra o esquecimento. Dentro desse contexto, é importante entender a cidade como uma construção cultural coletiva, uma História comum inscrita no espaço urbano, uma memória social. Enxergar nos traçados das ruas, dos prédios e das praças públicas lugares dotados de sentidos é fundamental para a definição de identidades locais, porém como há várias identidades em disputa, a memória encontra-se em disputa. Este patrimônio revela o modo de ser de uma determinada sociedade. Os nomes das ruas da Baixada de Jacarepaguá ajudam a resgatar um pouco dessa memória coletiva construída ao longo do tempo. Abordaremos a seguir curiosidades sobre algumas das principais vias de acesso da região. A Estrada do Pau-ferro percorria o Engenho da Serra, pertencente a Joaquim Sequeira Tedim Filho, o famoso Coronel Tedim. Ao longo do trajeto dessa via existia uma grande quantidade de uma árvore nativa da Mata Atlântica: a Caesalpinia Ferrea. O nome “pau-ferro” advém das faíscas e dos ruídos metálicos produzidos pelo machado em contato com o tronco dessa árvore. Em 1936, a avenida que liga o bairro do Tanque ao bairro da Freguesia recebeu no nome de Geremário Dantas, em homenagem ao escritor, jornalista, advogado e intendente municipal Antônio Geremário Teles Dantas (1889-1935). Sua residência ficava localizada na atual Rua Cândido Benício, onde hoje funciona o Instituto Geremário Dantas, outrora Externato Geremário Dantas, no bairro de Campinho. A principal via de ligação da Zona Norte da cidade com a região de Jacarepaguá é a Rua Cândido Benício. Foi uma homenagem ao médico-sanitarista Cândido Benício da Silva Moreira (1864-1897). Por ser uma pessoa muito querida pela população de Jacarepaguá, ele também foi eleito para a Intendência Municipal. Em 1885, Benício construiu uma casa onde hoje está a Localidade do Mato Alto. Na segunda metade do século XX, essa construção abrigou o Educandário Nossa Senhora da Vitória. Após a morte do fundador do colégio, o professor João Fernandes da Cruz, em 2000, o terreno começou a ser ocupado por um loteamento e o prédio foi gradativamente sendo destruído. As pessoas que circulam entre a Taquara e o Tanque percorrem uma avenida que foi batizada em homenagem a um dos principais nomes da oposição ao governo Vargas em Jacarepaguá: Nélson de Almeida Cardoso (1893-1943). Cardoso, que era advogado e representava a região na Intendência Municipal, foi cassado durante a Revolução de 1930. Posteriormente, em 1934, disputou uma vaga para a Câmara dos Deputados pela Frente Única. Não conseguiu lograr êxito nesse pleito. Para finalizar essa apresentação sobre os nomes das vias dos bairros, selecionei um caminho que não possui uma toponímia oficial, mas carrega uma grande representatividade para negros e negras que foram escravizados e trabalharam nos engenhos de açúcar da região: a Trilha Alto dos Pretos Forros. A Serra dos Pretos-Forros é um divisor de águas entre a Baixada de Jacarepaguá e a região do Grande Méier. Os chamados forros eram indivíduos cativos que compravam ou ganhavam a liberdade, por meio da alforria. Acredita-se que essa trilha foi usada, durante o século XIX, por escravizados que formaram quilombos no meio da Mata Atlântica que cobria os Maciços da Cidade do Rio de Janeiro. Em 2000, o Decreto Nº 19145 criou a Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra dos Pretos Forros. Essa Unidade de Conservação possui 2.645,7 hectares de extensão e engloba partes da XIII R.A. (Méier), da XV R.A. (Madureira) e da XVI R.A. (Jacarepaguá). Val Costa é professor de Geografia e Membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá.










