top of page

Resultados

1583 resultados encontrados com uma busca vazia

  • Juliete Pantoja deseja fazer investimentos em saneamento básico na região de Rio das Pedras

    A candidata do Unidade Popular (UP) foi a segunda entrevistada da série de sabatinas realizadas pela Agência Lume. Veja a entrevista completa: Durante sabatina realizada pela Agência Lume com os candidatos à Prefeitura do Rio, a candidata da Unidade Popular (UP), Juliete Pantoja , informou que, se eleita, pretende priorizar investimentos em bairros que não foram prioridade nos últimos governos municipais. “Rio das Pedras hoje, é um dos bairros que mais sofre com este problema do saneamento básico. É claro que a gente tem vários outros, mas esse é um problema latente dessa região. E a gente tem o compromisso de realizar um programa para poder garantir o saneamento básico, em especial nesses bairros e sub-bairros como Rio das Pedras. Isso vai de encontro com o que eu tenho cosntruído junto com o Unidade Popular ao longo dos últimos anos, que é a ideia de uma cidade que, de fato, passe por uma reforma urbana.”, disse a candidata. A candidata do UP falou também sobre a situação que Rio das Pedras vive há anos: “Eu tenho conhecido muito o Rio de Janeiro e a realidade dos diversos bairros. Um dos mais assustadores, eu poderia dizer, é a situação de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro. É um bairro completamente abandonado, é um bairro onde a gente não tem segunrança pública, a gente não garante que os equipamentos públicos de educação e de saúde funcionem adequadamente, e é um retrato do que é essa cidade partida, que a gente vive, oferece para a população trabalhadora." Juliete Pantoja comentou ainda sobre a diferença de investimentos ao se compararmos o Rio das Pedras com a Barra da Tijuca que, segundo Juliete, é uma outra Zona Oeste. “Se você comparar com os bairros da Zona Sul, ou mesmo com a Barra, na Zona Oeste, que é uma outra Zona Oeste... a maioria das pessoas não vai conseguir compreender como é a mesma cidade. Mas é a mesma cidade! Agora, a diferença é que o orçamento, que o investimento, ele vai todo pra Barra e deixa Rio das Pedras do jeito que tá e do jeito que a gente conhece.”- complementa. Veja entrevista completa com Juliete Pantoja, do UP no, Youtube da Agência Lume , ou clicando no player abaixo. Acesse o site Divulgando Contas do TSE  e tenha acesso ao plano de governo e outras informações sobre a candidata:   https://divulgacandcontas.tse.jus.br Acompanhe também as entrevistas com os demais candidatos  à Prefeitura do Rio, que a Agência Lume exibe nesta semana .

  • Lume Checking: TSE não está enviando e-mails que solicitam dados de mesários

    Eleitores estão recebendo e-mails falsos com suposto aviso de convocação. Saiba como verificar se você foi convocado para trabalhar nas eleições: São falsos os e-mails com títulos “ [Aviso Eleições] – Convocação para trabalhar nas Eleições Municipais 2024” e “[TSE][URGENTE] – Você foi selecionado para ser MESÁRIO – ELEIÇÕES 2024 ”. Na mensagem, é solicitado o acesso ao site “ tse-jus-br-2024.online ” para uma suposta atualização de dados No Rio de Janeiro, muitas pessoas têm recebido e-mails falsos com os assuntos “ [AVISO ELEIÇÕES] – Convocação para trabalhar nas Eleições Municipais 2024 – CONV.654198111/24-2-KOTEGSR-2:50:28 AM ” e “ [TSE][URGENTE] – Você foi selecionado para ser MESÁRIO ELEIÇÕES 2024 – EL-198237 ”. Nesses e-mails falsos é exibido o seguinte texto no corpo: “ Tribunal da Zona Eleitoral municipal. Convocação para trabalhar nas eleições ”. Logo após, é solicitado o acesso ao site falso “ tse-jus-br2024.online ” até o dia 29 de agosto para atualização dos dados cadastrais e obtenção de mais informações sobre a suposta convocação.  Por fim, a mensagem afirma que a pessoa já é uma mesária “confirmada” ou um mesário “confirmado” e que, em caso de desistência, será necessário atualizar o status de comparecimento pela página falsa. Esses e-mails criminosos já foram desmentidos pelo TSE anteriormente e também pelo g1 . O e-mail não é enviado pela Justiça Eleitoral, e a página não pertence ao TSE, nem aos TREs. Além disso, não existe nenhum tribunal da zona eleitoral municipal. A nomeação de mesários é realizada por edital publicado pela juíza ou pelo juiz da zona eleitoral.  O prazo para a publicação do documento se encerrou no dia 7 de agosto. Já o período para as nomeações das seções instaladas em estabelecimentos penais e unidades de internação de adolescentes terminou no dia 30 de agosto. Depois da nomeação por edital, mesárias e mesários são convocados para trabalhar na eleição.  Embora a convocação possa ser realizada pelo meio escolhido pela mesária ou pelo mesário (WhatsApp, e-mail, carta e, em último caso, presencialmente), a Justiça Eleitoral não solicita a atualização dos dados dessas pessoas em nenhuma hipótese. Pois todas as informações necessárias já constam no cadastro eleitoral, que, no momento, está fechado para organização das Eleições Municipais de 2024.  Como saber se foi convocado(a)? Para saber se foi convocado(a), você deve entrar em contato com o cartório eleitoral em que está inscrito(a) ou consultar o Diário da Justiça Eletrônico (DJE)   do TRE do Rio de Janeiro. No Portal da Justiça Eleitoral , estão disponíveis os sites e os telefones dos regionais.  Em caso de dúvida, entre em contato com a Ouvidoria do TSE  pelo Formulário Eletrônico  ou pelos telefones 0800 648 0005 ou (61) 3030-8700 para obter mais orientações sobre como proceder em casos como esses.

  • Documentário "Encruzilhada: entre o terreiro e o quilombo em Jacarepaguá" resgata a história e cultura afro-brasileira

    O filme tem como objetivo resgatar e valorizar a rica herança afro-brasileira presente nos terreiros e quilombos locais. O filme, que será exibido no seminário “A Baixada de Jacarepaguá: Histórias, Legados, Riquezas e Potencialidades” , tem como objetivo resgatar e valorizar a rica herança afro-brasileira presente nos terreiros e quilombos locais. O documentário "Encruzilhada: entre o terreiro e o Quilombo em Jacarepaguá" , dirigido por Paulo Mileno, é uma obra que mergulha nas raízes culturais e históricas da região de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Paulo Mileno, cineasta e produtor cultural, utiliza sua própria vivência e percepção para narrar a história dos terreiros e quilombos de Jacarepaguá. O documentário destaca a importância de locais como a comunidade quilombola Cafundá Astrogilda, em Vargem Grande, e as antigas fazendas Baronesa da Taquara, Rio Grande e Engenho Novo. "Encruzilhada" não é apenas um registro histórico, mas também uma reflexão sobre como a comunidade local muitas vezes desconhece sua própria história. O filme busca trazer à tona narrativas esquecidas e promover uma maior conscientização sobre o patrimônio cultural da região. “Nossa história ainda é obscura e limitada, marcada por um passado escravocrata. Parece que a história dessa população começou na escravização e continua lá. Não falamos sobre a história dessa população antes da escravidão, nem sobre como se deu a resistência durante e após esse período. A ideia de falar sobre terreiros e quilombos é situar duas formas de existência e resistência, tanto do ponto de vista sociopolítico quanto militar. De uma forma política e social, os quilombos representam uma organização comunitária. Eles são uma metáfora espacial da África aqui no Brasil. Os terreiros fazem isso, ressignificando espaços, reis, castelos e hierarquias através dos nossos deuses. Os terreiros e quilombos às vezes se cruzam, e é por isso que o título do documentário é Encruzilhada”, explica Paulo Mileno, que é cineasta, ator e diretor da obra.  Participação em Festivais O documentário foi exibido no 16º Encontro de Cinema Zózimo BulBul Brasil, África, Caribe e outras Diásporas, realizado no bairro da Gamboa, no centro do Rio de Janeiro. A participação em festivais de cinema é uma oportunidade para que a obra alcance um público mais amplo e promova o debate sobre a preservação da memória cultural afro-brasileira. Paulo Mileno descreve o documentário como uma extensão de sua personalidade e uma forma de continuidade e persistência das tradições culturais africanas. A narrativa do filme permeia quatro campos do saber: o pensamento nagô, o quilombismo, o patrimônio histórico e o território. "Encruzilhada: entre o terreiro e o Quilombo em Jacarepaguá" é uma obra essencial para quem deseja compreender e valorizar a história e a cultura afro-brasileira. O documentário não apenas resgata memórias, mas também inspira a comunidade a reconhecer e preservar suas raízes culturais. “ Outra história é sobre os senhores de engenho, que eram considerados os donos do saber agrícola. Na verdade, quem entendia de cultivo e colheita eram os negros, cuja mão de obra foi explorada em diversos campos, desde a mineração até toda a economia política do Brasil. Os negros, importados do continente africano, trouxeram conhecimentos essenciais para a economia brasileira. Basta comparar o clima tropical das Américas com o da África para entender que esses conhecimentos não poderiam ter vindo da Europa. É necessário resgatar quem foram essas pessoas e como se deu a escravidão. Não devemos romantizar a escravidão, como muitos autores já fizeram. O genocídio cometido apagou a história, a cultura, a religião, o nome e o idioma dessas pessoas, deixando-as sem referências. Essa violência foi muito maior do que apenas física; foi um genocídio filosófico e cultural” , reflete Milano.  Documentário será exibido no seminário  “A Baixada de Jacarepaguá: Histórias, Legados, Riquezas e Potencialidades” O documentário "Encruzilhada: entre o terreiro e o Quilombo em Jacarepaguá" será exibido no dia 14 de setembro, às 16h, na Casa de Cultura de Jacarepaguá. A casa será palco do seminário “A Baixada de Jacarepaguá: História, Legados, Riquezas e Potencialidades”, uma celebração rica e multifacetada dos 430 anos de fundação de Jacarepaguá. O seminário reunirá historiadores, pesquisadores, instituições culturais e educacionais para explorar a rica história e o patrimônio cultural da Baixada de Jacarepaguá. Entre os destaques do evento, estão palestras e debates que abordarão temas como o legado dos povos indígenas e quilombolas, além da evolução histórica e cultural da região, e as perspectivas para o futuro. “Fui criado em Jacarepaguá, um bairro muito grande, mas com poucos equipamentos culturais para a população. Vai ser um momento especial, um casamento perfeito entre a celebração dos 430 anos de Jacarepaguá e o filme, que foi dirigido e filmado inteiramente na região. Eu trabalho com material de arquivo, mas todas as imagens e filmagens do filme são originais e foram feitas em Jacarepaguá. Posso afirmar que Jacarepaguá tem uma história fascinante, que muitos dos próprios moradores não conhecem, quanto mais os de outros bairros, cidades e estados do Brasil” , conta Mileno.  A participação no Seminário é gratuita, mas as vagas são limitadas, e os interessados devem se inscrever através do Sympla, clicando aqui.  E basta clicar aqui   para conferir a programação e saber mais informações sobre o seminário e a Casa de Cultura,

  • Carol Sponza diz que é favorável à implementação do transporte aquaviário nas lagoas de Jacarepaguá

    A candidata do Partido Novo foi a primeira entrevistada da série de sabatinas realizadas pela Agência Lume. Veja a entrevista completa: Durante sabatina realizada pela Agência Lume com os candidatos à Prefeitura do Rio, a candidata do Partido Novo  (Novo), Carol Sponza , informou que, se for eleita, pretende fazer uma concessão e abrir uma licitação para implementar o transporte aquaviário no Complexo Lagunar de Jacarepaguá.  “Transporte lagunar eu sou favorável. Se não está na minha versão simplificada do plano que subiu pro site, com certeza está em uma versão um pouco mais completa que deve ser disponibilizada em breve. Isso é uma pauta que a gente tá falando na campanha, fazer uma concessão, abrir uma licitação pra isso." , diz a candidata.  A candidata do Novo disse à repórter Fernanda Calé que, durante suas visitas à região, tem ouvido muitas reclamações dos moradores referentes aos transporte noturno de ônibus. “O que eu tenho escutado muito, conversando com o morador de Jacarepguá (...) dos ônibus né, que chega uma certa hora eles param de funcionar, e que vocês ficam ainda mais reféns de transporte por aplicativo ou de carro, porque as linhas de ônibus estão deixando a desejar. Segundo a Carol, existe a necessidade de rever os contratos feitos entre a prefeitura e as empresas de ônibus: "Esses contratos de concessão das linhas de ônibus são bem problemáticos, não existe a transparência devida pela Prefeitura do Rio. Então a gente precisa entender realmente como é que tá sendo feito isso, pra ver o que que a gente pode expandir de linha ou melhorar a qualidade do transporte. ”, complementa.  Veja entrevista completa com Carol Sponza, do Partido Novo no, Youtube da Agência Lume , ou clicando no player abaixo. Acesse o site Divulgando Contas do TSE  e tenha acesso ao plano de governo e outras informações sobre a candidata: https://divulgacandcontas.tse.jus.br Acompanhe também as entrevistas com os demais candidatos à Prefeitura do Rio, que a Agência Lume exibe nesta semana .

  • Carol Sponza diz que, se eleita, irá alcançar 100% de cobertura com Clínicas da Família

    A candidata do Partido Novo foi a primeira entrevistada da série de sabatinas realizadas pela Agência Lume. Veja a entrevista completa: Durante sabatina realizada pela Agência Lume com os candidatos à Prefeitura do Rio, a candidata do Partido Novo (Novo), Carol Sponza , informou que, se for eleita, irá trabalhar para alcançar 100% da cobertura com Clínicas da Família não só em Jacarepaguá, mas na cidade como um todo.  “Hoje, temos uma cobertura de 70%, então a nossa proposta principal na área de saúde é exatamente chegar a essa cobertura de 100% de clínicas da família. Isso é possível, isso cabe no orçamento. A saúde tem uma parte substancial, 20% do orçamento da prefeitura hoje é pra secretaria de saúde.", diz a candidata. Carol falou ainda sobre a Prefeitura ter prioridades distorcidas. “A grande questão é que a prefeitura do Rio tem prioridades distorcidas. Estamos inaugurando um museu que, o projeto inicial, seria o Museu Olímpico, com um custo previsto de 60 milhões, mas já está custando 120 milhões. São completas distorções das prioridades da prefeitura.” A candidata do Novo também falou sobre a falta de hospitais públicos de emergência em Jacarepaguá. “Jacarepaguá e adjacências são 680 mil habitantes, não é isso? Me corrija se eu estiver errada. A gente tem clínicas da família aí, mas não há nenhum hospital público de emergência. Então, realmente, essa área está desatendida e precisa de uma maior cobertura de saúde”, complementa.  Veja entrevista completa com Carol Sponza, do Partido Novo no, Youtube da Agência Lume , ou clicando no player abaixo. Acesse o site Divulgando Contas do TSE e tenha acesso ao plano de governo e outras informações sobre a candidata: https://divulgacandcontas.tse.jus.br Acompanhe também as entrevistas com os demais candidatos à Prefeitura do Rio, que a Agência Lume exibe nesta semana .

  • Agência Lume inicia semana de sabatinas nesta terça-feira (10)

    Serão exibidas entrevistas realizadas pela equipe da agência com seis candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro. Saiba mais: A Agência Lume inicia na noite desta terça-feira (10/09) a exibição das sabatinas realizadas com seis dos oito candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro. As entrevistas serão exibidas às 19h no canal do Youtube da Agência Lume , desta terça até o próximo domingo. As entrevistas da Lume propõem aos candidatos um debate sobre propostas para as principais demandas da região de Jacarepaguá, sempre com um foco especial nos bairros da Freguesia e do Anil, e da comunidade de Rio das Pedras. Todos os candidatos ao cargo de prefeito(a) da cidade foram convidados a participar das sabatinas. Aqueles que não puderam participar por incompatibilidade de agenda também tiveram a opção de responder as perguntas por e-mail, para que fossem publicadas no site da agência. Veja a agenda completa das sabatinas:

  • Jacarepaguá celebra 430 anos: uma jornada histórica e cultural

    Com sua rica história e cultura, a região continua a ser um símbolo de resistência e identidade no Rio de Janeiro.  No dia 9 de setembro, Jacarepaguá, um dos bairros mais antigos e históricos do Rio de Janeiro, celebra seus 430 anos de fundação. Esta data marca um momento significativo para a população local, que se orgulha de sua rica herança cultural e histórica. A Freguesia de Nossa Senhora do Loreto e Santo Antônio de Jacarepaguá foi oficialmente fundada no dia 6 de março de 1661. Entretando, o dia 9 de setembro de 1594 foi a data escolhida pela prefeitura para as comemorações do aniversário do do bairro, já que marca a data de quando os filhos de Salvador Correia de Sá, Martim e Gonçalo Correia de Sá, solicitam ao pai as terras da Baixada de Jacarepaguá. Eles alegaram que os sesmeiros originais não desenvolveram atividades econômicas nas terras, e assim, sob as Leis de Sesmarias, conseguiram a concessão das terras. O nome “Jacarepaguá” vem da língua Tupi-Guarani e significa “lagoa rasa dos jacarés” (upá = lagoa, guá = rasa e îakaré = jacaré). Val Costa, professor de Geografia e membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá (IHBAJA), explica que os primeiros registros da História da Baixada de Jacarepaguá estão ligados à invasão francesa ao Rio de Janeiro. Desde o início do século XVI, corsários franceses exploraram o pau-brasil no litoral brasileiro. Em 1555, fundaram a colônia França Antártica no Rio de Janeiro. E em 1565, Estácio de Sá fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro para consolidar a presença portuguesa. Ele morreu após ser ferido em um ataque francês. “ Após expulsar os franceses, Mem de Sá nomeou seu sobrinho Salvador Correia de Sá como governador do Rio de Janeiro. Em 1567, Salvador doou sesmarias na Baixada de Jacarepaguá a dois portugueses, que não desenvolveram atividades econômicas nas terras. Seus filhos, Gonçalo e Martim, pediram a concessão dessas terras, que foi oficializada em 9 de setembro de 1594. Esta data é comemorada como o aniversário de Jacarepaguá, embora alguns questionem essa data, argumentando que a freguesia só foi criada em 1661 ”, explica Val.   Comemorações  Para celebrar este marco histórico, a Casa de Cultura de Jacarepaguá , em parceria com diversas instituições culturais, está organizando o Seminário “ A Baixada de Jacarepaguá: História, Legados, Riquezas e Potencialidades ” . O evento, que ocorrerá no dia 15 de setembro de 2024, contará com palestras, debates, rodas de conversa e visitas guiadas que destacarão a rica história e o patrimônio cultural da região. Entre os destaques do seminário estão o pré-lançamento de um livro exclusivo sobre a história de Jacarepaguá, exposições de arte, fotografias históricas e atividades culturais interativas. Guias de turismo caracterizados mediarão rotas do Corredor Cultural e Turístico de Jacarepaguá, proporcionando uma experiência imersiva para os participantes. “O Objetivo do Seminário é destacar o patrimônio histórico, cultural e natural da Baixada de Jacarepaguá e a sua potencialidade turística e debater sobre os desafios para o desenvolvimento sustentável da região”, explica Alexandra Gonzalez, fundadora e gestora da Casa de Cultura de Jacarepaguá. Como Participar  Jacarepaguá possui o segundo maior acervo arquitetônico do Rio de Janeiro colonial e a maior floresta urbana do mundo, além de uma rica herança cultural africana e tupi-guarani. A região tem sido palco de importantes eventos históricos e culturais ao longo dos séculos, e sua preservação é fundamental para a identidade cultural do Rio de Janeiro. A celebração dos 430 anos de Jacarepaguá é uma oportunidade para a comunidade local se reconectar com suas raízes e valorizar a história da região. A participação ativa dos moradores em eventos como o seminário é crucial para a preservação e promoção do patrimônio cultural de Jacarepaguá. Para conferir a programação completa do seminário você pode clicar aqui e para retirar seu ingresso na página oficial do evento no Sympla basta clicar aqui .

  • A Formação da Freguesia de Jacarepaguá

    Por: Val Costa. Professor de Geografia e membro do IHBAJA. Na América Portuguesa, as freguesias eram territórios submetidos à jurisdição espiritual de um pároco ou vigário que também exercia a administração civil. Era uma circunscrição eclesial em que se dividia a diocese. Cada freguesia possuía um mercado local onde se realizavam atividades rurais e urbanas e um aglomerado populacional que poderia ir de dezenas a centenas de casas. A construção de uma igreja matriz na freguesia mostrava a consolidação da mesma como um importante núcleo populacional, com uma considerável densidade demográfica. Essa nomenclatura perdurou até, aproximadamente, a promulgação do   Decreto n. 119-A, de 7 de Janeiro de 1890, quando Igreja e Estado se separaram. A partir de então, as freguesias passaram a ser mais conhecidas como paróquias. A primeira freguesia da cidade, a de São Sebastião, foi fundada em 1569. Depois vieram, por ordem cronológica, Nossa Senhora da Candelária (1634) e Nossa Senhora da Apresentação de Irajá (1644). A Freguesia de Nossa Senhora do Loreto e Santo Antônio de Jacarepaguá foi criada em 6 de março de 1661, sendo desmembrada da Freguesia de Irajá.  A primeira sede da Freguesia de Jacarepaguá foi instalada na Capela de Nossa Senhora da Cabeça, que fica anexada à sede do Engenho d’Água. A paróquia foi inaugurada em março de 1664, por Manuel de Souza e Almada, tendo sido seu primeiro vigário o Padre Antônio Ribeiro de Almeida, empossado no cargo em 1665, um ano depois da edificação da primitiva matriz, em terras do Padre Manuel de Araújo. Em 1667, foi construído um outro templo no mesmo local do anterior, que se encontrava em avançado estado de deterioração.  Em 1747, foi edificada a atual Igreja de N. S. do Loreto, na subida da ladeira da Pedra do Galo, no local que se chamava Porta d’Água. Por ser a matriz da Freguesia de Jacarepaguá, a região no seu entorno começou a ser chamada de “Freguesia”, dando origem ao bairro de mesmo nome. Em 1970, a Igreja recebeu o título de Santuário Nacional de Nossa Senhora do Loreto. Formação das freguesias da Cidade do Rio de Janeiro  Nome  Área (ha)  Data da Criação  Origem  Candelária  36  1634  Antiga Freguesia de S. Sebastião  Irajá  12.972  1644  Desmembrada da Freguesia da Candelária Jacarepaguá  21.732  1661  Desmembrada da Freguesia de Irajá  Campo Grande  26.247  1673  Desmembrada da Freguesia de Irajá  Inhaúma  4.323  1743  Desmembrada da Freguesia de Irajá  Fonte: Carvalho. (1988, p. 115)  Val Costa é professor de Geografia e Membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá.

  • Dia de Rio das Pedras: celebração de cultura e resistência

    O dia 6 de setembro, foi escolhido para destacar a importância da comunidade e promover a valorização das tradições locais. Por: Fernanda Calé e Felipe Migliani. Hoje, 6 de setembro, é oficialmente celebrado o Dia da Comunidade de Rio das Pedras. O Dia de Rio das Pedras foi instituído oficialmente em 2005 como uma forma de reconhecer e celebrar a história e a cultura da comunidade. A data foi escolhida para destacar a importância da favela localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro e para promover a valorização das tradições locais. A comunidade de Rio das Pedras começou a ser ocupada na década de 1950. A atividade dos primeiros moradores na região pode ser comparada com a encontrada nas cidades do interior do país; eles eram, em sua maioria, lavradores que plantavam e colhiam nas terras. Eles viviam de uma forma diferente da encontrada em outras áreas da cidade na mesma época. Com um crescimento significativo a partir dos anos 1970, impulsionado pela migração de nordestinos em busca de melhores oportunidades na cidade. Hoje, a Rio das Pedras é a terceira maior favela do Brasil , com uma população estimada em cerca de 120 mil pessoas.  Flávia Francisca da Silva é professora de uma escola na comunidade e contou à Agência Lume que veio morar em Rio das Pedras em 1973. A moradora lembrou dos momentos marcantes que viveu em Rio das Pedras: "Minha família é de origem nordestina e moram em Rio das Pedras desde a migração. Tive muitos momentos alegres na infância, quando podia andar de bicicleta na curva do Pinheiro que ainda era uma floresta cortada por uma rua. Brincava bastante no Rio Das Pedras, dentro do rio que é chamado de valão. Muitas mulheres lavavam roupas e as crianças brincavam em suas águas cristalinas." A moradora também lembrou de um período muito rico culturalmente nos anos 1980, quando muitos moradores se enganjavam nas disputas de quadrilhas de São João e de esportes. "Na pré-adolescência uma diversão era o aterro que formou os Areais (regiões do Areal e Areinha), antes era um mangue, foi sendo aterrado com areia vinda da praia da Barra. Era muito lindo, aquela areia branca. Jogavámos volei, rolavamos pelas dunas e soltávamos pipa. Tinhamos uma quadrilha de festa junidade que competia em vários bairros" José Augusto, aposentado, do alto de seus 67 anos relembra com carinho o dia que chegou à comunidade em 1977. "Na minha época era muito bom, até hoje é bom, mas naquela época ainda era melhor! Era tudo socessegado, era pouca gente (...) aí foi evoluindo e hoje 'tamo aí' já temos 47 anos de Rio das pedras." Rio das Pedras é um exemplo de resiliência e resistência. Apesar dos desafios, a comunidade continua a crescer e a se desenvolver, mantendo viva sua rica herança cultural e lutando por melhores condições de vida. A favela é um testemunho da capacidade de adaptação e da força de seus moradores, que enfrentam adversidades com coragem e determinação.

  • A origem do nome Jacarepaguá: uma herança Tupi-Guarani

    O nome “Jacarepaguá” deriva do tupi-guarani e tem um significado profundamente ligado à geografia e à fauna local. Jacarepaguá, um dos bairros mais antigos e históricos do Rio de Janeiro, possui um nome que carrega a rica herança cultural dos povos indígenas que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores portugueses. O nome “Jacarepaguá” deriva do tupi-guarani e tem um significado profundamente ligado à geografia e à fauna local. O topônimo “Jacarepaguá” é formado pela junção de três palavras do tupi-guarani: îakaré (jacaré), upá (lagoa) e guá (baixa ou rasa). Assim, o nome pode ser traduzido como "lagoa rasa dos jacarés". Esta denominação faz referência às lagoas da Baixada de Jacarepaguá, que eram repletas de jacarés na época do descobrimento e da colonização. “Quando da minha pesquisa sobre as lagoas, busquei o significado de Jacarepaguá, palavra que dá o nome à região da baixada entre os maciços da Tijuca e da Pedra Branca e, também, ao belo complexo de lagoas situado na mesma região. É de uso popular o entendimento de Jacarepaguá como "lugar dos jacarés".  Com origem na família linguística Tupi-Guarani,  Jacarepaguá, significa “lagoa dos jacarés”, em tupi (îakaré-jacaré,  upá - lagoa e kûá - rasa), ou seja, na toponímia já podemos perceber algumas características ambientais do Complexo Lagunar de Jacarepaguá”, explica Cristina Portella, moradora e autora da pesquisa “ No meu Quintal tem uma lagoa: Divulgação Científica e Proteção Ambienta l ”.  Contexto Histórico A região de Jacarepaguá foi oficialmente fundada em 1594 , quando os filhos de Salvador Correia de Sá, Martim e Gonçalo Correia de Sá, receberam a concessão das terras da Baixada de Jacarepaguá. Eles alegaram que os sesmeiros originais não desenvolveram atividades econômicas nas terras, e assim, sob as Leis de Sesmarias, conseguiram a concessão das terras. Desde então, o nome Jacarepaguá tem sido uma constante, refletindo a importância das lagoas e dos jacarés na identidade da região. Hoje, o nome Jacarepaguá não apenas identifica um bairro, mas também serve como um lembrete da rica herança indígena e da biodiversidade que caracterizava a região. A preservação do nome e da história por trás dele é fundamental para manter viva a memória dos povos originários e a importância ecológica das lagoas que ainda existem na área. Val Costa, professor de Geografia e membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá ( IHBAJA ), explica que em 1534, Portugal dividiu seu território colonial na América em 15 Capitanias Hereditárias e introduziu o cultivo de cana-de-açúcar. As condições favoráveis, como chuvas e clima quente, e a alta demanda por açúcar na Europa, levaram à substituição da extração de pau-brasil pela cana-de-açúcar como principal atividade econômica. As capitanias foram doadas a 12 donatários, que podiam escravizar indígenas, construir engenhos, cobrar impostos, aplicar leis e passar as terras como herança. “ No final do século XVII e início do XVIII, a Baixada de Jacarepaguá era conhecida como a “Planície dos Onze Engenhos” devido à intensa produção de açúcar. Gonçalo e Martim construíram o Engenho da Tijuca, que passou por várias mãos na família Correia de Sá. Em 1847, José Maria Correia de Sá comprou o engenho, mas, enfrentando dificuldades financeiras, vendeu-o ao comendador Francisco Pinto da Fonseca, pai do Barão da Taquara ”, explica Val.  O professor ainda fala que o Engenho D’Água foi a última propriedade dos Correia de Sá na Baixada de Jacarepaguá. Após a morte do comendador Pinto, todas as suas propriedades passaram para seu filho, o Barão da Taquara. A principal atividade econômica era a produção de açúcar para exportação, mas também havia outros cultivos para o mercado interno e muitos currais de gado nas áreas do Camorim e Vargens Grande e Pequena Jacarepaguá continua a ser um símbolo de resistência e identidade cultural no Rio de Janeiro, e seu nome é uma janela para o passado, conectando os moradores atuais com a história e a natureza que moldaram a região.

bottom of page