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  • Foto do escritorFernanda Calé

Iguá dá início a dragagem do complexo lagunar da Barra e Jacarepaguá

Na imagem podemos ver um trator jogando sedimentos de fundo de lagoa em um grande barco coletor.
Foto: Douglas Teixeira / Agência Lume.

A obra têm duração prevista de 36 meses, e deve remanejar o equivalente a quase mil piscinas olímpicas de sedimentos finos do fundo das lagoas.

 

A Iguá, concessionária de saneamento básico da início nesta sexta-feira (26/04), as obras de dragagem no Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá. O principal objetivo da intervenção é a recuperação dos canais naturais de conexão das lagoas com o mar e os espelhos d'água, que hoje se encontram assoreados. O investimento é de R$ 250 milhões, e as obras tem duração prevista de 36 meses.

 
 

A maior parte do material dragado será usado para o preenchimento de cavidades localizadas em alguns pontos das lagoas. Essas cavidades foram criadas devido a retirada de material usado no processo de urbanização da região, e hoje dificultam o fluxo de água e acumulam material orgânico, que entra em processo de decomposição e causa o mau cheiro no local.


A Iguá planeja utilizar a outra parte do material dragado na criação de três novos espaços de manguezal. A ideia é que ao longo de toda a intervenção, sejam recuperados mais de 3 km de margens da Lagoa da  Tijuca e plantados cerca de 165 mil mudas de espécies nativas, colaborando com o equilíbrio do ecossistema da região.


As novas mudas vão se unir aos quatro hectares de manguezal recuperados pela concessionária desde 2021, com 50 mil mudas plantadas e outras 30 mil que já estão sendo cultivadas.


Lucas Arrosti, diretor de Operações da Iguá no Rio de Janeiro falou à Agência Lume sobre os benefícios que a população local terá com as obras de dragagem:


“Nas obras de dragagem do complexo lagunar existem muitos benefícios que serão conquistados pela sociedade e pelo moradores do entorno. Acho que o primeiro é que com a melhora da qualidade da água através dessa reconstituição dos canais das lagoas com o oceano, melhorando a troca hídrica e a presença de oxigênio, a gente tem uma redução grande de cheiro, uma redução grande de vetores de doenças.


E especificamente para atuar na causa e não nesse passivo de décadas que temos aí consolidado nas lagoas, com muita deposição de lixo, de sedimentos e esgotos, nós temos algumas obrigações.


Nós temos alguns planos e ações pra atuar na captura desses esgotos, através da expansão de rede de esgotamento sanitário, de ampliação dessa disponibilização, tanto em áreas formais quanto em áreas informais, e temos também a implantação  dos coletores de tempo seco que são estruturas que vão interceptar os esgotos que hoje são despejados nas galerias de águas pluviais e levados para a estação de tratamento.


Então tudo isso é um grande pacote  que vai impulsionar uma retomada ambiental desse ecossistema tão importante aqui pro município do Rio de Janeiro que é o complexo lagunar.”


A concessionária e o Governo do Estado consideram a dragagem o pontapé inicial para um processo de revitalização do Complexo Lagunar. Os trabalhos começarão na Lagoa da Tijuca, nas proximidades do Condomínio Península. Por lá, os equipamentos ficarão por cerca de 24 meses. Ao longo dos próximos três anos, a dragagem passará ainda pelas Lagoas de Jacarepaguá, do Camorim e pelos Canais de Marapendi e Joatinga.


A população pode entender mais sobre o tema e acompanhar o processo através do site: www.juntospelavidadaslagoas.igua.com.br

 
 

O governador Cláudio Castro, que esteve no evento de lançamento das obras realizado nesta sexta-feira, falou sobre o potencial turístico das lagoas e sobre um processo de negociação entre o Governo do Estado, a Concessionária e a agência reguladora, para que uma verba de cerca de R$ 200 milhões a mais do que o estimado seja investida nos trabalhos de recuperação de complexo lagunar.

"Na verdade, o que foi concessionado, a obrigação do operador, ele não resolve por cento, ele vai resolver oitenta a oitenta e cinco por cento do problema. Tem uma outra área, que aí seria cem por cento, que seria mais uns R$ 150 a R$ 200 milhões, por aí, que nós estamos negociando com a concessionária, tem que passar pela agência, porque mexe com a outorga, mexe no compromisso e já tá lá na agência para que a gente possa fazer o cem por cento.


Fazendo o cem por cento, estaria apto para um processo, para a construção de um Ecoparque aqui, que seria um orgulho para toda essa região, e seria mais uma forma  de rentabilizar a concessão, que nós queremos as concessões mais rentáveis, mais de pé, que possam através desse processo fazer mais ainda.


Então é uma negociação positiva, na positividade da palavra negociação, que  a gente tá com a agência e com a concessionária nessa ideia de que o importante pra gente não é a outorga. O importante pra gente é fazer mais e conseguir entregar mais benefício para a população. Se a gente tiver que abrir mão de parte da outorga pra fazer um benefício que fique aí pra sempre com certeza nós vamos estar dispostos a fazer.” 







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