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Centro Unificado Profissional: uma Universidade à frente de seu tempo

  • Foto do escritor: IHBAJA
    IHBAJA
  • 13 de set.
  • 2 min de leitura

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Por: Val Costa.

Professor de Geografia e membro do IHBAJA.

O bairro da Praça Seca foi o local escolhido pela Profª. Dra. Amélia Lacombe para receber uma experiência inovadora de aprendizagem no Ensino Superior: o Centro Unificado Profissional (CUP). O famoso casarão localizado na Rua Albano, número 319, abrigou três cursos: Letras Jornalismo e Turismo. 

As atividades do CUP tiveram início em julho de 1974, quando a professora Amélia deixou a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) para fundar essa instituição de ensino em uma localidade que, mesmo estando enquadrada pelo Decreto nº 322/76 como Área Residencial, possuía ainda muitas características rurais. 


O corpo docente era formado por jovens professores que estavam concluindo o mestrado e o doutorado. Esses profissionais não recebiam por hora-aula, mas por uma carga horária fixa de trabalho mensal realizada na instituição. Diferentemente da maior parte das faculdades privadas, existia um forte estímulo ao desenvolvimento de pesquisas, que eram realizadas nos modernos laboratórios do casarão. 


O Centro Unificado Profissional possuía alunos de diversas localidades do Estado do Rio de Janeiro. Vinha gente da Baixada Fluminense, da Zona Norte, da Zona Oeste e da Zona Sul. Em um período de forte perseguição aos estudantes e aos professores universitários, o CUP era uma espécie de “oásis” do livre pensamento e da democracia. 


Em 1982, o Centro Unificado Profissional se associou à Faculdade Brasileiro de Almeida, em Ipanema, criando a Faculdade da Cidade. Dez anos depois, a Faculdade da Cidade incorporou a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis São Paulo Apóstolo, no Méier, e a Faculdade da Lagoa, constituindo a Sociedade Educacional São Paulo Apóstolo.


Em 2011, já com o nome de UniverCidade, a instituição foi comprada pelo grupo Galileo Educacional. Em 2014, ela foi descredenciada pelo Ministério da Educação e, em 2016, a Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do grupo Galileo.

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Val Costa é professor de Geografia e Membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá.

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