Governo Federal anunciou que o reforço será feito com vacina injetável, após período de transição. Saiba mais:
O Ministério da Saúde anunciou que vai substituir gradualmente a vacina oral contra poliomielite pela versão inativada do imunizante no próximo ano. A medida foi discutida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização que considerou as novas evidências científicas para proteção contra a doença.
Segundo o governo, a atualização não vai representar o fim imediato do imunizante na versão já conhecida popularmente como 'gotinha', e sim um avanço tecnológico para maior eficácia do esquema vacinal a ser feito após um período de transição.
A recomendação da câmara técnica é a de que o país passe a adotar exclusivamente a vacina inativada poliomielite no reforço aos 15 meses de idade, o que atualmente é feito com a forma oral do imunizante.
O imunizante injetável é aplicado aos dois, quatro e seis meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Desta forma, após o período de transição que começará no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a injetável aos 15 meses.
Já a dose de reforço que atualmente é aplicada aos quatro anos, não será mais necessária, pois o esquema vacinal com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio.
Para esta atualização, o governo considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema.
Vale lembrar que desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. A cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para essa vacina.
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