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  • Foto do escritorLucas Pereira

Dia Mundial Sem Tabaco: Inca lança campanha sobre riscos de fumar durante a pandemia



Tabagismo aumenta casos de trombose, que também é fator de risco para Covid-19.

 

Neste 31 de maio, celebra-se o Dia Mundial Sem Tabaco. A data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta toda a população sobre as doenças relacionadas ao fumo. Aqui no Brasil, a campanha encabeçada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) neste ano lança o desafio "Comprometa-se a parar de fumar durante a pandemia de Covid-19".


O cigarro possui mais de 7 mil substâncias tóxicas e nesse período de pandemia, fumar é abrir uma grande porta para o coronavírus, que aumenta de duas a três vezes o risco de desenvolver a forma mais grave da Covid-19. Pesquisas esclarecem que a nicotina acelera a produção de uma enzima que serve de receptor para o vírus entrar na célula, a chamada enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2). Assim, as chances da carga vírus ser maior é grande.


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Os fumantes também correm mais risco de infecções causadas por bactérias, vírus e fungos respiratórios, já que reduz a capacidade de resposta ao sistema imunológico. O tabagismo ainda causa baixa oxigenação dos tecidos, alterações dos vasos sanguíneos e um estado de hipercoagulação que facilita as tromboses, que é uma das possíveis complicações da Covid.


"A OMS está tentando sensibilizar as pessoas para que consigam parar de fumar nessa pandemia. O tabaco causa aumento da carga viral do coronavírus, contribuindo para formas graves da doença. Quanto mais cedo a pessoa conseguir parar de fumar, menos risco de agravamento da Covid-19 ela vai ter" - explica Ricardo Meirelles, que é pneumologista do Instituto Estadual de Doenças do Tórax Ary Parreiras (Ietap) e presidente em exercício da Comissão de Tabagismo da Associação Médica Brasileira, em entrevista ao Governo do Estado do Rio.

De acordo com o médico, o mundo tem mais de 1,3 bilhão de fumantes. Desses, cerca de 60% querem parar de fumar. No estado do Rio, 72 municípios contam com o Programa Contra o Tabagismo da Secretaria de Estado de Saúde (SES) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O programa contribuiu, nos últimos dois anos, para que 15.289 pessoas deixassem de fumar.


"O programa é realizado nas unidades básicas de saúde da rede SUS por profissionais de saúde capacitados para o tratamento. O fumante passa por uma avaliação clínica para identificar o grau de dependência à nicotina e a melhor abordagem para ajudá-lo a parar de fumar" - ressalta, também em entrevista ao Governo do Estado, Samir Feruti Sleiman, responsável pelo Programa Estadual Contra o Tabagismo

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Durante a pandemia, a ansiedade fez com que muitas pessoas aumentassem o consumo de tabaco. Segundo Ricardo Meirelles, dois fatores contribuíram para isso: a questão química da nicotina, que trata-se de uma droga e provoca a falsa sensação de bem-estar, e a necessidade de diminuir a ansiedade.


"Isso faz com que a pessoa fume mais durante um momento de ansiedade, estresse e preocupações. Por isso, a pessoa precisa entender que o cigarro não vai resolver os seus problemas e buscar outras formas de lidar com as angústias deste momento. O tabagismo é uma doença e tem tratamento" - alerta Samir.

Confira agora o passo a passo para parar de fumar:

  • Entender o motivo de estar fumando;

  • Buscar ajuda de um profissional qualificado e um tratamento;

  • Aumentar a ingestão de líquidos;

  • Consumir legumes, verduras e frutas;

  • Evitar doces e comidas gordurosas;

  • Praticar atividade física.


 

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