Lume Urgente: Cedae interrompe operação da ETA Guandu
- Fernanda Calé
- 28 de ago. de 2023
- 3 min de leitura

A medida foi tomada nesta segunda-feira (28), devido à presença de espuma de origem desconhecida.
Atualizada em 28/08 às 11h56.
A Cedae informou que devido à presença de espuma de origem desconhecida no manancial de captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, a Cedae precisou interromper, no início da manhã desta segunda-feira (28/08), a operação na unidade.
Segundo a companhia, a medida foi tomada para garantir a segurança hídrica da população. A Cedae informou também que o protocolo de contingência foi acionado em razão das alterações da qualidade da água bruta (não tratada).
As informações são de que os técnicos da companhia monitoram continuamente as condições do manancial até que a concentração deste material não represente risco e, assim que a situação for controlada, a operação da ETA será retomada.
A Cedae informou também que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já foi notificado para a tomada das devidas providências. As concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, responsáveis pela distribuição de água nas regiões atendidas pelo Sistema Guandu, também foram comunicadas.
Para entender:
A Cedae é responsável pelo cuidado com a Estação de Tratamento do Guandu que é a fornecedora de água para diversos municípios do estado.
A Agência Lume vai continuar acompanhando a situação, no momento é muito importante que a população economize água.
Atualização
A Iguá, concessionária responsável pelo abastecimento na região de Jacarepaguá, informou que em decorrência da interrupção na produção de água da ETA Guandu, operada pela Cedae, o fornecimento de água em algumas regiões do Rio de Janeiro será impactado, inclusive o abastecimento de localidades na área de atuação da concessionária.
Ainda segundo a Iguá, o restabelecimento do abastecimento na área de concessão da Iguá depende do retorno das condições de normalidade do fornecimento de água e do tempo de pressurização da rede.
Até que a operação esteja totalmente restabelecida, o abastecimento de água pode registrar intercorrências, incluindo baixa pressão e falta d’água. A concessionária também lamentou os transtornos e reforçou que está atuando para minimizar o impacto para os clientes e disponibilizando maior quantidade de caminhões pipa, especialmente para serviços emergenciais como hospitais, clínicas e UPAs, entre outros.
A companhia também relembrou a necessidade do uso consciente de água, especialmente nesse período, e se colocou à disposição dos clientes, por meio da Central de Atendimento no número 0800 400 0509 (telefone e WhatsApp).
Veja os bairros atendidos pela Iguá no Rio de Janeiro: Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia (Jacarepaguá), Gardênia Azul, Anil, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Pechincha, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e Praça Seca (parcialmente).
Para mais informações da Iguá acesse: https://igua.com.br/
Atualização:
A Cedae informou que a expectativa é de que até o fim de do dia de hoje (28), a Estação de Tratamento do Guandu volte a captar água, caso os níveis do contaminante continuarem caindo.
Entretanto, mesmo com o retorno das operações da ETA Guandu, a normalização do serviço de abastecimento por completo até as regiões de fim das linhas de abastecimento, pode demorar até 72 horas.
A companhia disse ter chegado a conclusão de que a espuma foi causada um surfactante, ou seja um composto de detergente. Vale lembrar que os técnicos notaram a anormalidade na água por volta das 4h da manhã, e por volta das 5h30 da manhã eles decidiram interromper os serviços de abastecimento da Estação de Tratamento Guandu.
Por volta das 10h25, uma equipe da Delegacia de Meio Ambiente, da Polícia Civil chegou à estação. O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) também investiga em que ponto ocorreu o vazamento, e se o mesmo continua ou se já foi encerrado. O INEA também já considera esse vazamento um ato criminoso.
O presidente do Inea, Philipe Campello, disse que o órgão ambiental não foi comunicado por nenhuma indústria sobre o vazamento do rejeito. A ausência da notificação já configura, para ele, um crime ambiental. Cerca de 11 milhões de pessoas estão sendo afetadas pelo problema.
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