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A inauguração do primeiro aqueduto do Rio de Janeiro e os “Arcos de Jacarepaguá”

Na imagem vemos uma construção antiga de arcos.
Foto: Aqueduto - Núcleo Histórico Rodrigues Caldas. / Val Costa.

Por: Val Costa.

Professor de Geografia e membro do IHBAJA.

 

O Aqueduto da Carioca, mais conhecido como “Arcos da Lapa”, é um ícone da arquitetura colonial brasileira e um dos principais símbolos da nossa cidade. Construído entre os anos de 1744 e 1750, essa magnífica obra de engenharia possuía 6,6 km de extensão e tinha como objetivo captar as águas dos rios que formam a sub-bacia do Rio Carioca e levá-las até o Centro da Cidade do Rio de Janeiro. 

 
 

Esse aqueduto substituiu os “Arcos Velhos”, que foram inaugurados em 1723 e eram usados para transportar água entre o morro do Desterro (onde atualmente está o bairro de Santa Teresa) e o Morro de Santo Antônio.


No final da primeira metade do século XVIII, os arcos velhos encontravam-se deteriorados, sendo necessário substituí-los por novos arcos de traçado retilínio, construídos com argamassa de cal hidratada, terra misturada com óleo de baleia e pedras portuguesas. Sobre o topo foram colocadas canaletas e abóbadas de tijolos para evitar vazamentos e a contaminação da água. Com o passar do tempo, o aqueduto foi substituído por encanamentos de ferro fundido. Edificado com a força do trabalho de indivíduos cativos – povos originários e africanos -, o aqueduto foi projetado pelo brigadeiro português José Francisco Pinto Alpoim.


O que chamamos hoje de “Arcos da Lapa” foi a parte que restou do aqueduto, uma ponte canal em estilo romano com 42 arcos duplos, 270 metros de comprimento e 17,6 metros de altura.


Em 1896, ele passou a ser um suporte para os bondes que ligam o Centro da cidade ao bairro de Santa Teresa. Esse monumento está tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN - desde 1938. 


O Núcleo Histórico Rodrigues Caldas do Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira também possui um aqueduto construído no século XVIII.  Composto atualmente por sete arcos simples, ele conduzia a água que movia a moenda de cana-de-açúcar do Engenho Novo da Taquara.


O trecho final desse aqueduto está igualmente tombado pelo IPHAN desde maio de 1938. O aqueduto possui 3 km entre os arcos e o ponto de captação da água, em um açude ao lado da Cachoeira do Engenho Novo.

 




Val Costa é professor de Geografia e Membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá.      

 

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