Por: Val Costa.
O Jardim Boiúna é uma localidade que pertence oficialmente ao bairro da Taquara. Esse logradouro está limitado pelos sub-bairros do Rio Grande e do Pau da Fome. Surgiu ao longo da Estrada homônima que, até 1945, chamava-se Estrada da Grota. A palavra “Boiúna" deriva da família lingüística Tupi-Guarani mbóiuna, que significa "cobra preta", através da junção de mbói (cobra) e una (preta).
A localidade, no século XVIII, fazia parte do Engenho Velho da Taquara, também conhecido como Engenho Velho de Jacarepaguá. Essa propriedade foi passada por Antônio Teles de Menezes para o seu filho, Francisco Teles Barreto de Menezes, no ano de 1757. Após a morte de Francisco Teles Barreto de Menezes, em 1806, a propriedade ficou para sua filha mais velha, Ana Inocência Teles de Menezes, que construiu um canal de captação de água do Rio Grande para mover as moendas do engenho.
Dona Inocência faleceu em 1836, deixando o engenho para sua sobrinha Ana Maria Teles Barreto de Menezes e para Francisco Pinto da Fonseca, que, em 1837, casaram-se e passaram a residir na Casa-Grande do Engenho da Taquara. Francisco Pinto da Fonseca e Dona Ana Maria tiveram dois filhos: Maria Rosa e Francisco Pinto da Fonseca Telles, o Barão da Taquara.
A Casa-Grande do engenho, tombada pelo IPHAN, existe até hoje na Área de Proteção Ambiental da Fazenda Baronesa, uma Unidade de Conservação criada pelo Decreto Municipal 21.209/01.
Val Costa é professor de Geografia e Membro do Instituto Histórico da Baixada de Jacarepaguá.
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