Veja o que rolou no primeiro sábado da Bienal do Livro 2025
- Fernanda Calé
- há 1 hora
- 5 min de leitura

Alunas do GET Mestre Diego Braga mostram suas experiências no maior evento literário do país.
Por: Ana Ledesma, Lara Gabrielle, Jullya Luíza, Micaely De Holanda.
Supervisão e edição: Fernanda Calé.
O primeiro sábado da Bienal do Livro 2025 foi marcado por muita emoção, aprendizado e trocas culturais, especialmente para as alunas do Núcleo de Jornalismo do GET Mestre Diego Braga. Acompanhadas pela Agência Lume, as estudantes viveram a experiência de ser jornalistas por um dia, registrando tudo o que viram e entrevistando personalidades importantes do universo literário e educacional do Rio de Janeiro.
Entre os destaques da cobertura, as alunas circularam pelo Riocentro, entrevistaram influenciadores, curadoras da Bienal, representantes da Secretaria Municipal de Educação e autores, mostrando a diversidade de temas e a força do livro na formação de leitores e na promoção da cidadania.
A experiência foi registrada em tempo real nas redes sociais e no site da Agência Lume, com vídeos, fotos e depoimentos que revelam o protagonismo juvenil e a importância do jornalismo local.
Veja a seguir os temas destacados pelas jornalistas:
Influenciadora literária compartilha amor pelos livros

Uma das primeiras entrevistas do dia foi com Sthefane Ariane, influencer literária conhecida por resenhas que inspiram milhares de leitores nas redes sociais. Ana Ledesma, aluna do GET Mestre Diego Braga, conversou com Sthefane sobre a experiência de estar na Bienal e o papel da literatura em sua vida.
A influenciadora destacou que a experiência de estar entre livros, autores e apaixonados por literatura é sempre mágica e contou um pouco sobre como iniciou seu trabalho nas redes sociais:
"Eu voltei ao hábito da leitura na pandemia e comecei a compartilhar as minhas resenhas nas redes sociais. O público abraçou bem, começaram a se identificar e vir para o mundo literário e isso foi muito gratificante, porque eu trouxe pessoas para o universo literário, e quanto mais pessoas eu alcançar para esse universo — que eu sei que é muito bom — eu estou fazendo a minha parte, por isso eu me tornei uma influência literária."
A experiência de fazer uma Bienal do Livro

Jullya Luíza, entrevistou Carolina Sanches, jornalista, pedagoga, autora e curadora da Bienal do Livro 2025. Carolina compartilhou um pouco do que é organizar um dos maiores eventos culturais do país e o impacto da Bienal na formação de leitores.
"Olha, Jullya, é uma maluquice. Olha o tamanho disso! A Bienal, ela é o quarto maior evento da cidade. Aí só perde para o Réveillon, para o Carnaval e para o Rock Rio. Só que a gente é um evento de livro. Então olha quanta gente gosta de livro e literatura. As pessoas dizem que as pessoas não gostam de ler. Não é verdade (...) agente tá mostrando que as pessoas gostam de livro e que a gente precisa de mais eventos como esse."
Rona Hanning, pedagada, mestre em educação e também uma das curadoras da Bienal, destacou a importância de realizar um evento importante no ano em que a cidade do Rio de Janeiro foi eleita a capital mundial do livro. "(...) Esse ano é a primeira vez que a Bienal do Rio se transforma no Book Park, é o primeiro Book Park do Brasil. É, no ano em que que o Rio é a capital mundial do livro, eu acho que mais do que nunca a importância da gente fomentar a leitura é visceral."
Debate antirracista nas escolas

Micaely De Holanda, conversou com Joana Oscar, professora e integrante da Gerência de Relações Étnico-raciais da Secretaria Municipal de Educação. O bate-papo destacou a importância de levar o tema do antirracismo para dentro das salas de aula e como a educação pode transformar realidades.
Joana reafirmou a importância de levar às escolas a história e a cultura negra na luta por uma sociedade mais democrática:
"O debate antirracista, ele é muito importante, porque ele fala sobre direitos, né? Nós vivemos numa sociedade que infelizmente foi colonizada e há uma hierarquia que pressupõe uma posição superior de algumas raças em detrimento de outras, mas a gente sabe que isso não é uma verdade. Então, a educação, ela é esse meio de levar as histórias, as culturas, os movimentos, os protagonismos que não existiam no currículo da educação básica.
Essa virada de chave, ela vai acontecer com as leis da 10639 e 11645, que alteram a lei de diretrizes e bases de educação nacional e dizem para a gente o seguinte: 'É obrigatório que todos os currículos em todas as escolas abordem essas histórias.' E é assim que a gente vai mudar o imaginário dos estudantes, também das famílias, dos adultos, dos professores, para que a gente tenha uma sociedade mais democrática de fato e com cuidado."
Novos formatos para novos leitores

Carolina Sanches, além de curadora do evento é também autora do livro "Zap do Olimpo" falou também sobre novos formatos da literatura que produzem livros criativos e inovadores pensados especialmente para o público jovem.
"A Mapa Lab é uma editora independente, a gente tem vários livros muito bacanas e eu sou responsável pela parte do infantil. Então aqui a gente é um laboratório, Mapa Lab de laboratórios e aqui fica inventando livros diferentes. Então, por exemplo, esse aqui que é o Zap do Olimpo, ele é em formato de WhatsApp. São conversas de deuses como se fossem grupos de WhatsApp. Então aqui a gente fica pensando: 'Hum, como é que o leitor do novo tempo vai querer ler?' E a gente fica inventando livros diferentes."
Projetos literários para Rio das Pedras

Em entrevista exclusiva para a nossa equipe, o Secretário Municipal de Educação Renan Ferreirinha comentou a importância de levar projetos literários para as escolas públicas, especialmente para a comunidade de Rio das Pedras.
"Temos a expectativa de trazer mais de 30.000 alunos, mais de dezenas de milhares de educadores, professores e tem muita coisa bacana acontecendo de literatura na nossa rede. Eu queria destacar o nosso projeto do Roda de Leitura e Círculo de Leitura e que vamos ter também em Rio das Pedras, porque faz parte da nossa grade curricular. Além disso, cada escola da nossa rede está recebendo pelo menos 1.000 reais para poder renovar o seu acervo das salas de leituras, das bibliotecas.
Então, as nossas escolas Rio das Pedras, Célio Luparelli, Diego Braga, Robson Grace, vão todas poder estar aqui também comprando seus livros, comprando seus materiais para poder ter as nossas salas de leitura renovadas. Então vem pra Bienal, que tá maravilhoso."
A experiência das alunas do GET Mestre Diego Braga na Bienal do Livro 2025 foi marcada pelo protagonismo juvenil, pela valorização da leitura e pelo reconhecimento da importância do jornalismo local para a comunidade de Rio das Pedras. A cobertura completa também pode ser acompanhada nas nossas redes sociais.
Commentaires