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  • Foto do escritorFernanda Calé

Prefeitura estuda a introdução de transporte hidroviário nas lagoas da Barra


Foto: Agência Lume.

Dois grupos já receberam autorização e devem apresentar estudos em até 4 meses, Rio das Pedras pode receber uma das estações.

 


 

A Prefeitura do Rio autorizou oficialmente que dois grupos façam estudos sobre a implementação de transporte por embarcações nas lagoas da Barra da Tijuca. Atualmente a navegação dessas embarcações com passageiros no complexo lagunar da região enfrentaria problemas como o assoreamento.


Sempre que os problemas gerados pelo engarrafamento na região da Barra da Tijuca e Itanhangá se intensificam o assunto volta a ser discutido, entretanto as dificuldades de viabilidade do projeto esbarram na limpeza do complexo lagunar, e fazem com que o tema seja colocado de lado.


Desta vez a ideia ganha força com o compromisso assumido pela concessionária Iguá, que desde fevereiro é responsável pelos serviços de água e esgoto, e prometeu investir um total de R$ 250 milhões em dragagem e limpeza do Complexo Lagunar de Jacarepaguá, com ações de curto, médio e longo prazo.


Segundo a empresa cerca de 45 toneladas de resíduos sólidos, que incluem móveis, eletrodomésticos e plásticos, já foram retiradas das lagoas da região. A empresa também trabalha em iniciativas a longo prazo que incluem a dragagem com o objetivo de ajudar na recuperação do ecossistema lagunar, e na implementação do sistema de Coletor de Tempo Seco. Estimado em R$ 126 milhões, o sistema capta o esgoto bruto despejado nas galerias pluviais e o direciona para o tratamento adequado na ETE Barra, segundo a Iguá o sistema deve impactar 200 mil moradores de 69 comunidades, além de proteger 30 rios da região:

" A dragagem irá favorecer o restabelecimento do fluxo de água nas lagoas, possibilitando sua oxigenação, bem como as trocas com o mar, que são importantes para o reequilibro ambiental daquele ecossistema. Essas ações que ainda não foram iniciadas requerem estudos técnicos que estão sendo realizados para dar início aos processos de licenciamento ambiental junto ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA)."


Estudos já foram iniciados

Quem irá comandar o processo de concessão dessa alternativa de transportes será a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) que será transformada na Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), conforme o projeto de lei aprovado nesta semana pela câmara.


As empresas interessadas na proposta foram convocadas publicamente em dezembro. O prazo se encerrou em março sem que nenhuma empresa se interessasse pelo projeto. O município então prorrogou o prazo em mais um mês e acabou recebendo três requerimentos, após análises um grupo dos interessados foi retirado do processo. Agora dois grupos iniciaram suas análises, são eles:


O consórcio integrado pelas empresas ECP (que faz a gestão ambiental do Campo Olímpico de Golfe), OECI e Sensus, além da UFRJ e da Coppetec. E o Grupo Itaigara une as empresas Saddy Advogados, Navarro Prado Advogados, Planos Engenharia, Bureau de Engenharia, Okaan Consultoria e Antabi Rangel e Sousa Advogados.


Caso algum dos estudos seja colocado em prática, a empresa responsável por ele será ressarcida em até R$ 6,2 milhões.


Veja a publicação no Diário Oficial do Município:

rio_de_janeiro_2022-06-02_pag_47
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Rio das Pedras é um dos pontos prioritários

Imagem: Prefeitura do Rio de Janeiro.

A Prefeitura do Rio pretende instalar as estações em locais com grande demanda, são eles:

- Rio das Pedras;

- Metrô da Barra;

- Tijuquinha;

- Parque Olímpico;

- Recreio;

- Península/ BarraShopping;

- Ilha da Gigóia;

- Downtown;

- Rio 2;

- Cidade Jardim;

- Lagoa Marapendi;


O Movimento Baía Viva, com um grande histórico de lutas pelo meio ambiente comentou a iniciativa, Sérgio Ricardo, um dos representantes da organização, disse que tem lutado junto a população local pela adoção desta modalidade de transporte limpo nas lagoas de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e na Baía de Guanabara. Entretanto alerta para o alto nível de assoreamento, que a cada ano torna mais rasas as lagoas e já causa problemas a pequenas embarcações de pesca:

"A política de mobilidade urbana só terá efetividade se vier associada à políticas de saneamento ambiental no sistema lagunar de Jacarepaguá, como o avanço do saneamento básico, coleta seletiva e desassoreamento."

Veja a apresentação completa disponível no site da Prefeitura do Rio: http://www.rio.rj.gov.br/

 

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