A queda da cobertura vacinal no Brasil preocupa, principalmente entre as crianças.
Por: Fernanda Calé e Rita Valente.
A procura por vacinas tem diminuído muito no país, principalmente para as vacinas que compõem o calendário vacinal infantil. Diversos fatores tem contribuído para a redução do número de crianças vacinadas com todas as doses de vacinas indicadas pelo Calendário Nacional de Imunização.
Segundo o ministério da saúde, as causas pode ter relação com o sucesso do programa de vacinação, como essas doenças já estavam ausentes no dia a dia das pessoas, a preocupação em imunizar as crianças pode ter diminuído. Outros fatores têm a ver com a falta de tempo das famílias para ir aos postos de saúde. Além do receio dos efeitos adversos dos imunizantes.
Em 2019, a porcentagem de crianças vacinadas com a vacina que protege conta Poliomelite chegou a cerca de 84%, em 2020, caiu para 76%; e no ano passado, nova redução - para 59,82%.
O Brasil também tem tido dificuldades na luta contra o Sarampo, em 2015, o país havia registrado os últimos casos da doença e recebeu em 2016 a certificação de "país livre do sarampo", mas em 2018, foram registrados 10,3 mil casos, o que fez o país perder essa certificação.
Diante desta tendência, nossa reportagem entrou em contato com a Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro que passou situação das coberturas de Rotina em crianças:
BCG - 79% em 2019 e 74% em 2020;
Poliomielite ou Paralisia Infantil – 79% em 2019 e 73% em 2020;
Pentavalente – 63%em 2019 e 78% em 2020;
Rotavirus – 78% em 2019 e 74% em 2020;
Tríplice Viral – 100% em 2019 e 78% em 2020;
Meningo C – 81% em 2019 e 73% em 2020;
Pneumo 10 – 83% em 2019 e 77% em 2020;
Hepatite A – 83% em 2019 e 88% em 2020;
Varicela - 83% em 2018 e 88% em 2020.
Para entender melhor esse cenário, na manhã desta quarta-feira (30), nossa reportagem esteve na Clínica da Família Helena Besserman Vianna, em Rio das Pedras, e conversou com profissionais da linha de imunização da unidade para entender como é feita a imunização e quem pode se vacinar. Veja a entrevista completa com a enfermeira Thamyres Miranda:
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